SEMANA DA FÉ

“A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem vencer os obstáculos, nas pequenas como nas grandes coisas.”
Evangelho Segundo o Espiritismo
AMIGOS
Para nós a palavra pedra costuma simbolizar rigidez, impedimento “a pedra no nosso caminho…”, mas muitos receberam os ensinamentos, os esclarecimentos, a luz, e Jesus em muitos exemplos deu à pedra ou rocha o significado de firmeza “a rocha viva da fé”.
Não basta dizermos que temos fé, se a nossa atitude mostra exatamente o contrário. A fé deve ser robusta, firme como uma pedra, mas ela não cresce em nosso coração como um milagre, é preciso conquistar.
É imprescindível buscar a fé com perseverança e fervor. Crer requer esforço próprio e intransferível. A verdadeira fé faz vibrar as fibras de nosso coração, nos dando a certeza, e a consolação que dias melhores virão.
A fé nos traz a salvação e segundo o Evangelho, salvar, significa elevar, purificar, sublimar, intensificando a nossa iluminação. Ninguém se ilumina sem o trabalho árduo e com fé.
A fé é a bússola, a lâmpada acesa a nos orientar os passos, nos libertando e nos conduzindo ao Alto.
Texto do evangelho para a semana: Cap.: XIX – Itens 2 e 3.
“Aos Espíritas” – Crise no Brasil
Irmãos queridos, Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados em seus anseios, esbarrando em barreiras intransponíveis.
É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através da esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.
Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! A fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.
O desânimo e seus companheiros, o desalento, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral.
Que cada casa, cada grupo, cada reunião prime por essa campanha. Que se esforcem por uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pela provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso.
São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à métrica. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o Coração do Mundo”, somente será a “Pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.
Eurípedes Barsanulfo
Psicografia de Suely Caldas Schubert

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