“O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao Espírito e resignação”
Joanna de Ângelis
AMIGOS DO GRUPO
A palavra resignação no dicionário está definida como: Ação de aceitar pacificamente as dores ou sofrimentos da vida. Abdicação, desistência ou renunciação.
Pode parecer que resignação tenha algo a ver com acomodação, aceitação incondicional dos acontecimentos que nos buscam.
Mas a verdade é que resignação leva uma carga de entendimento tão grande que nos facilita a aceitação dos fatos da vida.
Quando compreendemos a justiça Divina como nos explicou Jesus, não temos porque não sermos resignados. Deus Pai de infinito amor e misericórdia, justo em todas as suas leis não nos cobra sofrimento algum, o que nos acontece ao longo de nossa jornada é resultado de nossas próprias atitudes.
Nos ensina Raul Teixeira que: “Ser resignado não é ser paralisado, estagnado, acomodado, inerte. Resignado é ter o entendimento da razão das coisas, o que não nos impede de sofrer, nem de chorar, mas que nos dá a alegria de saber que estamos dando conta do nosso recado no mundo.”
Texto do Evangelho para a semana: Cap.: XXVIII itens 13 e 14 (Preces)
NA CONQUISTA DA FÉ
“Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Paulo. (Romanos, 5:1.)”
Louváveis todas as nossas considerações referentes à coragem da fé que nos cabe cultivar à frente das lutas, no mundo externo; todavia, é forçoso examinemos a importância da fé viva, portas a dentro do mundo de nós mesmos.
Fé profunda e espontânea. Segurança íntima, tranquila, funcional.
Já sabemos realmente mecanizar as operações do corpo, comandando-as de maneira instintiva.
Alimentas-te e não te preocupas com as fases diversas do processo nutritivo. Dormes e entregas ao coração todo o trabalho de vigilância e sustento dos mais remotos distritos da vida orgânica.
Falta-nos, porém, até agora, automatizar os recursos superiores da própria alma.
Falta-nos reconhecer – mas reconhecer claramente – que Deus está em nós, conosco, junto de nós, ao redor de nós e que, por isso mesmo, é imperioso, de nossa parte, aceitar as lições difíceis, mas sempre abençoadas do sofrimento, nas quais a pouco e pouco obteremos a coragem suprema da fé invencível.
Nesse sentido jamais desinteressar-nos do aprendizado.
Confiar em Deus nos dias de céu azul, mas igualmente confiar em Sua Divina Providência nas horas de tempestade.
Acolher a dor como sendo preparação da alegria. Atravessar a provação entesourando experiência.
Observar as leis da vida e acatá-las, compreendendo que dificuldade é
Instrução imprescindível e que o tempo de infortúnio não é senão a consequência dos nossos erros de pensamento ou de ação, favorecendo-nos o reajuste.
Tão-somente assim, abraçando com paciência e proveito as lições menores da existência, transfigurando-as em luz para a vida prática, adquiriremos a fé vitoriosa que sabe esperar, agir, desculpar, amar e servir segundo a misericórdia de Deus.
Livro – Bênção de Paz cap. 51 – Emmanuel e Chico Xavier