“O amor é de essência divina, porque procede de Deus e vitaliza o universo, sustentando a vida em todos os seus aspectos.”
Joanna de Angelis
AMIGOS DO GRUPO
Reflitamos esta semana sobre a questão do AMOR.
Jesus, nosso mestre e guia, embasou sua doutrina neste sentimento, dizendo-nos que toda a lei e os profetas estão contidos no Mandamento Maior “Amor a Deus ao próximo e a si mesmo”.
Joanna de Angelis em uma de suas sabias mensagens nos diz: “O amor é de essência divina, porque procede de Deus e vitaliza o universo, sustentando a vida em todos os seus aspectos.
Em tudo se encontra pulsante, como manifestação do Divino Psiquismo.
Em todos os reinos é de fundamental significação, especialmente no ser humano, sem o qual a existência se torna destituída de sentido psicológico e desaparece, desarticulando os objetivos essenciais da Vida.
Amar é desafio que todos devem enfrentar com alegria, pois que, somente ele equaciona as dificuldades existenciais, ampliando os objetivos da inteligência e dos sentimentos.
Quem ama, conduz Deus no íntimo, irradiando-O em forma de bênçãos que a tudo transforma e dignifica.”
Diante de tantos equívocos vividos pela humanidade nesses tempos, precisamos unir forças para exaltar, propagar e viver o AMOR.
Amemo-nos como o Mestre recomendou.
Amemo-nos na vivência do respeito, da tolerância, da responsabilidade, da fé e da dignidade humana.
Com isso estaremos preservando e valorizando a sagrada oportunidade da vida, que Deus nos concedeu.
Texto do Evangelho para a semana:
Capitulo: – XI – Item 8 – 1º parágrafo “A Lei de Amor”
SIMEÃO E O MENINO
Dizem que Simeão, o velho Simeão, homem justo e temente a Deus, mencionado no Evangelho de Lucas, após saudar Jesus criança, no templo de Jerusalém, conservou-o nos braços acolhedores de velho, a distância de José e Maria, e dirigiu-lhe a palavra, com discreta emoção:
-Celeste Menino – perguntou o patriarca -, porque preferiste a palha humilde da Manjedoura? Já que vens representar os interesses do Eterno Senhor na Terra, como não vestiste a púrpura imperial? Como não nasceste ao lado de Augusto, o divino, para defender o flagelado povo de Israel? Longe dos senhores romanos, como advogarás a causa dos humildes e dos justos?
Porque não vieste ao pé daqueles que vestem a toga dos magistrados? Então, podereis ombrear com os patrícios ilustres, movimentar-te-ias entre legionários e tribunos, gladiadores e pretorianos, atendendo-nos à libertação… Porque não chegaste, como Moisés, valendo-se do prestígio da casa do faraó? Quem te preparará, Embaixador Eterno, para o ministério santo?
Que será de ti, sem lugar no Sinédrio? Samuel mobilizou a força contra os filisteus, preservando-nos a superioridade: Saul guerreou até a morte, por manter-nos a dominação; David estimava o fausto do poder: Salomão, prestigiado por casamento de significação política, viveu para administrar os bens enormes que lhe cabiam no mundo… Mas… tu? Não te ligaste aos príncipes, nem aos juízes, nem aos sacerdotes… Não encontrarias outro lugar, além do estábulo singelo?…
Jesus menino escutou-o, mostrou-lhe sublime sorriso, mas o ancião, tomado de angústia, contemplou-o, mais detidamente, e continuou:
– Onde representarás os interesses do Supremo Senhor? Sentar-te-ás entre os poderosos?
Escreverás novos livros da sabedoria? Improvisará discursos que obscureçam os grandes oradores de Atenas e Roma? Amontoarás dinheiro suficiente para redimir os que sofrem?
Erguerás novo templo de pedra, onde o rico e o pobre aprendam a ser filhos de Deus? Ordenará a execução da lei, decretando medidas que obrigam a transformação imediata de Israel?
Depois de longo intervalo, indagou em lágrimas:
– Dize-me, ó Divina Criança, onde representarás os interesses de nosso Supremo Pai?
O menino tenro ergueu, então, a pequenina destra e bateu, muitas vezes, naquele peito
envelhecido que se inclinava já para o sepulcro…
Nesse instante, aproximou-se Maria e o recolheu nos braços maternos.
Somente após a morte do corpo, Simeão veio, a saber, que o Menino Celeste não o deixara sem resposta.
O infante Sublime, no gesto silencioso, quisera dizer que não vinha representar os interesses do Céu nas organizações respeitáveis, mas efêmeras da Terra.
Vinha da Casa do Pai justamente para representá-Lo no coração dos homens.
Texto do livro: Pontos e Contos capítulo 25
Pelo espírito: Irmão X
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier