“Para que haja respeito entre todos, é necessário que em todos haja muito de alteridade.” (Murilo Moiana)
AMIGOS DO GRUPO
A educadora Ermance Dufaux nos esclarece que alteridade é: “O estabelecimento de uma relação de paz com os diferentes. A capacidade de conviver bem com a diferença da qual o outro é portador”.
Depois de duras penas estamos descobrindo que sempre convivemos com pessoas diferentes. Assim foi há 50 anos, há 30 anos. Assim é hoje. E assim será amanhã.
Se quisermos ser felizes e produtivos, teremos que aprender a conviver com os diferentes. E indo mais longe, é preciso que saibamos que a riqueza da humanidade está justamente na diversidade de opiniões e crenças. Antigamente, em vez de analisarmos as diferenças humanas como o grande manancial da criatividade e do desenvolvimento do ser, víamos como “o problema”.
Inclusive, por não pararmos para pensar sobre a realidade de que só convivemos com pessoas diferentes, acreditávamos que era a atitude do outro a responsável pela eventual dificuldade no relacionamento interpessoal.
Quando passamos a aceitar as pessoas como elas são, fica mais fácil enxergar qualidades que antes não víamos e enxergando essas qualidades, iremos melhor compreendê-la e, por incrível que possa parecer, iremos descobrir que temos a aprender com ela.
Em conformidade com esse exemplo, uma das formas de exercitarmos a alteridade é: conhecermos a diferença; compreendermos a diferença e aprendermos com a diferença.
Adaptação do texto de Alkíndar de Oliveira
Texto do Evangelho para a semana:
Capitulo: III – Item 19 – Progressão dos Mundos
A Prática da Alteridade – Quando a Diferença é que Soma
Olhe para os dedos de sua mão. Eles são diferentes. Ainda bem. Exatamente por serem diferentes eles são harmoniosos quando vistos em conjunto.
Já imaginou se eles fossem todos iguais? Certamente teríamos dificuldade de fazer o que fazemos de maneira tão natural.
A humanidade pode-se dizer, é semelhante a uma mão. Somos diferentes numa família. Somos diferentes numa região. Somos diferentes numa nação.
A diferença, portanto é inerente à natureza humana. Que bom que assim seja. Mesmo óbvio este raciocínio, o homem tem demonstrado ao longo de sua história ser incapaz de reconhecer e conviver pacificamente com o diverso, com o plural.
Em função disso, ele tem alimentado as guerras, os movimentos de intolerância de toda sorte, as antipatias gratuitas, os separatismos, o racismo, a exclusão, a intolerância, a discórdia, enfim, o seu próprio desequilíbrio.
O que fazer para reverter este quadro de auto aniquilamento?
Praticar a alteridade. Isto significa considerar, valorizar, identificar, dialogar com o outro (outro = alter, em latim). Diz respeito aos relacionamentos tanto entre indivíduos como entre grupos culturais. Na relação alteritária, o modo de pensar e de agir, as experiências particulares, são preservadas e levadas em conta sem que haja sobreposição, assimilação ou destruição.
Eis o desafio: estabelecer uma relação pacífica e construtiva com os diferentes. Um caminho de superação deste embate estaria baseado em três fases: identificar, entender e aprender com o contrário.
Ao se deparar com o diverso deve-se, inicialmente, retirar da mente qualquer “pré-conceito”, deixar-se livre para receber o conteúdo do outro sem opinião formada. Em seguida, é necessário procurar entender as razões pelas quais o outro concebe as coisas do seu jeito, desenvolver uma certa capacidade empática para, finalmente, conquistar o aprendizado na relação, ampliando sua capacidade de entendimento e, mais ainda, de convivência fraterna.
Texto extraído do site: www.usepiracicaba.com.br
Autor: ABRADE & Autores Diversos