“Em todos os males que te firam usa a dieta da paciência assegurando a própria restauração”. Emmanuel
Amigos
Já tivemos o privilégio de conhecer a Doutrina Espírita, cujos ensinamentos nos levam ao autoconhecimento e nos estimula a perdoar a nós mesmos e também àqueles com quem convivemos em todos os setores da vida.
Mas cabe aqui uma pergunta. Será que temos agido sempre como agentes da paz?
Será que, com os conhecimentos adquiridos nos tornamos mais tolerantes, mansos e pacíficos?
Diz-nos os irmãos maiores que quando a irritação constante não é patológica, é quase sempre fruto de algo não resolvido portas adentro de nosso coração, no íntimo da consciência.
Aconselham-nos, a Espiritualidade Superior, que façamos, vez em quando, uma varredura em nossa casa interior a fim de restabelecer o equilíbrio, o bom humor e a alegria de viver.
Aproveitemos essa semana para promovermos o equilíbrio em nosso lar, no ambiente de trabalho e dentro de nós mesmos. Sabemos que uma boa ferramenta para auxiliar nesse objetivo é a prece; busquemos nela o amparo necessário ao equilíbrio e a paz.
Texto do Evangelho para a semana:
Capítulo: XVII – Item: 8 – Virtude
Perigo
Cada vez que a irritação te assoma aos escaninhos da mente, segues renteando sinal de perigo.
Mesmo que tudo pareça conspirar em teu prejuízo, não convertas a emoção em bomba de cólera a explodir-te na boca.
Desequilíbrio que anotes é apelo da vida a que lhe prestes cooperação.
Quando as águas, em monte, investem furiosas sobre a faixa de solo que te serve de habitação, levantas o dique, capaz de governar-lhe os impulsos.
Diante do fogo que te ameaça, recorres, de pronto, aos extintores de incêndio.
Toda vez que o curto-circuito reponta na rede elétrica, desligas a tomada de força para que a energia descontrolada não opere a destruição.
Assim também, quando a prova te visite, não transfigures a língua em chicote dos semelhantes.
Se agressões verbais te espancam os ouvidos, ergue a muralha do dever fielmente executando, em que te defendas contra o assalto da injúria.
Se a calúnia te alanceia, guarda-te em paz, no refúgio da prece.
Se a dignidade ofendida, dentro de ti, surge transformada em aceso estopim para a deflagração da revolta, deixa que o silêncio te emudeça, até que a nuvem da crise te abandone a visão.
Sobretudo à frente de qualquer companheiro encolerizado, não lhe agraves a distonia.
Ninguém cura um louco, zurzindo-lhe o crânio. – (zurzir = bater)
Se alguém te lança em rosto o golpe da intemperança de espírito ou se te arroja a pedrada do insulto, desculpa irrestritamente, e, se volta a ferir-te, é indispensável te reconheças na presença de um enfermo em estado grave, a pedir-te o amparo do entendimento e o socorro da compaixão.
Do livro: O Espírito da Verdade
Pelo espírito: Emmanuel
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier