“E, nestes dias de inquietação e desassossego, Jesus continua sendo a esperança que reergue os Espíritos e a paz que penetra os corações.”
Allan Kardec
Amigos
No fundo, todos desejamos e aguardamos as mesmas coisas: paz e felicidade.
Esperar significa persistir sem cansaço. Esperança não é inação. – palavras de Emmanuel.
Nem sempre estamos aptos a ajudar efetivamente ao próximo, tanto na questão material, como na espiritual, mas é nosso dever espalhar a esperança em todos os corações.
A esperança é uma luz interior, que vibra em todos nós, movendo a nossa fé, transportando as nossas montanhas de imperfeições.
A dor é um dos móveis que nos tiram da inércia e da estagnação, mas se não soubermos administrá-la, poderá nos levar ao desespero, ao desânimo, ao desequilíbrio, à decepção e ao descrédito.
Por isso, semear esperança é dever de todo aquele que já encontrou a luz da verdade. (Scheilla – espírito).
Texto do Evangelho para a semana: Capítulo XIX – item 11 – Fé, Mãe de Esperança e da Caridade.
Convite à Esperança
“Tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.”
(Coríntios: 13-7.)
Não obstante estejam carrancudas as nuvens do teu céu, prenunciando borrasca próxima, aflitiva, espera. Após a tempestade que, talvez advenha, talvez não, defrontarás dia claro pelo caminho.
Embora a soledade (solidão) amarga a fazer-te sofrer fel e dor como se já não suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera. Amanhã, possivelmente dois braços amigos estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará aos teus ouvidos gentil canção.
Mesmo que tudo conspire contra os propósitos abraçados, ameaçando planos zelosamente cuidados, espera. Há surpresas que constituem interferência Divina, modificando paisagens humanas, alterando rumos considerados corretos.
Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche e desconsideração, arrojando-te à rua do descrédito, espera. A verdade chega após a calamidade da intrujice (engano) para demonstrar a grandeza da tua força, renovando conceituações.
À borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento, estuga (apressa) o passo e espera. Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor. O futuro se consolida mediante as realizações do presente…
Esperança expressa integração no organograma da vida.
O rio muda o curso, a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão germina, enquanto esperam… A mãe grandiloquente (grandiosa) do tempo tudo muda. O que agora parece sombras, logo mais surge e ressurge em ouro fulvo (amarelo) de luz.
Espera, diz o Evangelho, e ama.
Espera, responde a vida, e serve.
Espera, proclamam os justos, e perdoa.
Espera no dever distribuindo consolo e compreensão, porquanto, a fim de que houvesse a gloriosa ascensão do Senhor, na montanha de Betânia, aconteceram a traição infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta, que em sublime esperança o Justo transformou na excelsa catapulta para o Reino dos Céus.
Do livro: Convites da Vida
De: Joanna de Ângelis
Psicografia: Divaldo Pereira Franco