SEMANA DA SOLIDARIEDADE

“Solidariedade é dever elementar, indispensável à edificação da paz no Mundo e à preservação da paz na consciência…”
Richard Simonetti
Amigos do Grupo
O convite para a reflexão da semana é a solidariedade. E o que significa ser solidário?
“Solidário é aquele que partilha o sofrimento alheio, ou se propõe a amenizá-lo.”
Na questão 176 do Livro dos Espíritos, somos esclarecidos de que “todos os mundos são solidários”, com essa afirmação vemos que a solidariedade é Universal e necessária para a manutenção da vida e do progresso.
Num mundo de tantas dores e dificuldades, como o nosso, sempre há espaço para a prática da solidariedade. Um dos grandes exemplos conhecidos no exercício da solidariedade foi Francisco de Assis. Ele não só exerceu a solidariedade com os homens, mas também com os animais e com a natureza como um todo.
Busquemos desenvolver o espírito de solidariedade para que cada um possa amenizar as dores uns dos outros, preservar a vida e contribuir para a escalada do progresso e da ascensão espiritual na Terra.
Texto do Evangelho para a semana:
Capítulo: -III – Item: 19 – “Progressão dos Mundos”
SOLIDADRIEDADE
Dois homens seriamente doentes ocupavam o mesmo quarto em um hospital.
Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora, todas as tardes, para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama fica próxima a única janela existente no quarto. O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo.
Eles conversavam muito, falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seus envolvimentos com o serviço militar, e onde costumavam passar as férias. Toda tarde quando o homem perto da janela podia sentar-se, ele passava todo tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através da janela. O homem na outra cama começou a esperar por esse momento, onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro.
Ele dizia que da janela dava para ver um parque com um lago bem legal, com patos e cisnes que brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris.
Dizia que existiam grandes e velhas árvores, cheias de elegância na paisagem, e que uma fina linha podia ser vista no céu da cidade.
Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele fazia de modo primoroso e dedicado, com muitos detalhes. O outro homem fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca.
Numa tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua, embora ele não pudesse escutar a música podia ver e descrever tudo.
Dias e semanas passaram-se.
Em uma manhã a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens, mas achou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono à noite. Ela estava entristecida e chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo embora.
Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu à enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor e depois de verificar que ele estava confortável o deixou sozinho no quarto.
Vagarosamente, ele se apoiou em seu cotovelo para conseguir olhar pela primeira vez pela janela, finalmente ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo lutando contra a dor para poder olhar através da janela, e quando conseguiu deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou à enfermeira.
O que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas todos os dias, se pela janela só dava para ver um muro branco?
A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse.
Talvez, disse ela, ele só estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias.
Autor desconhecido