“Para que o Ano Novo seja realmente bom como o concebemos, precisamos renovar-nos.”
Revista Reformador – janeiro/1999
Amigos do Grupo
O ano chega ao fim.
Vamos refletir sobre o que fizemos durante este período. Poderíamos fazer melhor? Sem desespero ou desesperança.
Teremos uma nova oportunidade no ano que se inicia. Este é o verdadeiro presente que sempre ganhamos.
É hora de agradecer pela vida e por tudo que tivemos.
É hora de desejar sinceramente os melhores votos de paz, saúde e disposição, a todos que conosco convivem.
Que possamos fazer um ano novo bem melhor, nos tornando melhores.
Texto do Evangelho para a semana:
Cap. XI – item 4
ANO BOM
Quando empregamos as expressões “Ano Novo” e “Ano Bom”, para qualificar um outro ciclo do Calendário, temos – talvez sem o perceber – a ideia de que o Tempo é uma das maiores e mais exuberantes bênçãos com que o Criador nos felicita na experiência planetária.
Todo Ano poderá ser Bom, ainda que nossas impressões sejam em contrário.
Ele será bom, tanto quanto o desejamos, não pelo que recebermos, mas pelo que dermos; não pelo que os outros nos fizerem, mas pelo que fizermos aos outros; não pelo que eles forem para nós, mas pelo que formos para eles, isto é, todo Ano Novo será necessariamente Ano Bom, se bons nossos pensamentos e atos, se boas nossas palavras e atitudes.
Manifestações de coisas ótimas são também novidades ótimas.
Transmissão de notícias alentadoras. Anúncio de acontecimentos promissores. Divulgação de mensagens salutares. Surpresas agradáveis. Lembranças carinhosas. Impressões estimulantes. Impulsos de cordialidade. Expansões de sadio bom humor. Delicadas demonstrações de sentimento de gratidão. Expressões de gentileza. Apresentação de maneiras discretas, distintas, corretas e nobres. Tudo que possa contribuir para edificar e expandir o Bem, de que dermos autênticos testemunhos, serão como que parcelas de nós mesmos que se entranharão na Alma do Tempo, refletindo nela Luz e Bondade de nossa própria alma.
Tudo que, por nosso intermédio, caracterizar e definir o Belo, caracterizará e definirá gemas e preciosidades do nosso relicário íntimo, já por si mesmo embelezado.
Assim, se, ao término de um “Ano”, acharmos que ele não foi “Bom”, como esperávamos que o fosse e sempre esperamos que o seja, é que não realizamos o ideal da Bondade em nós mesmos.
Não nos fazendo bons nem melhores, coisa alguma de bom e melhor poderemos amealhar na caixa forte de nossas riquezas e aquisições.
Não sabendo demonstrar valor diante das situações difíceis com que nos vemos a braços, estas se nos afigurarão adversas, madrastas e inarredáveis.
Não revelando tolerância, faltar-nos-ão elementos para suportar e compreender os outros.
Não manifestando espírito de disciplina, as coisas mostrar-se-nos-ão tumultuadas e incontroláveis.
Não demonstrando boa vontade, tudo nos parecerá penoso, difícil, estranho, anormal, anômalo, incompreensível.
Não nos esforçando por progredir, as maravilhas da Evolução manter-se-ão distantes e ausentes, ocultas e inapreensíveis, sem que possamos vê-las, senti-las e alcançá-las.
Não trabalhando com afinco, as melhorias de condições de vida retrair-se-ão ao nosso contato.
Não estudando com real aplicação, o Conhecimento e a Cultura permanecerão alheios à nossa presença.
Não nos dedicando ao fiel cumprimento dos nossos deveres humanos e espirituais, as verdadeiras alegrias e venturas da existência não darão acordo de si à passagem de nossos corações.
Não nos conduzindo bem, as boas coisas não se apresentarão em nosso caminho, nem se farão sentir em nós e por nós, estrada afora.
Um Ano é Bom quando bons nos fazemos em todo o seu decurso, evidenciando a presença de Deus em nossas vidas.
REFORMADOR, JANEIRO, 1997