“O lar é uma escola na qual os parentes se reúnem na condição de professores e aprendizes uns dos outros.”
(Emmanuel)
AMIGOS
Vivemos dias conturbados, agitados, estressantes onde os acontecimentos diários nos desequilibram e entristecem, além de nos deixar nervosos e balançar nossa fé.
Todos sabemos que não está sendo fácil digerirmos tantos acontecimentos neste momento de transição. Mas se devemos e podemos rezar e vibrar pela paz do mundo, temos a obrigação de manter a paz familiar junto aos nossos entes queridos.
O dia no trabalho não foi fácil? O trânsito estava difícil? A cabeça está doendo? Tudo o que se quer, é chegar a um lugar de paz e serenidade e repousar.
Se fizermos de nosso lar um abrigo de paz, poderemos sentir dentro dele, a calma, a segurança, a tranquilidade, o calor humano que não encontramos no mundo atualmente.
Para isso façamos de nossa casa um reduto de paz, com nossas atitudes, nossas ações, nossos exemplos.
Cultivemos o hábito da oração, do diálogo, do respeito por todos, crianças e adultos com quem convivemos para que a paz seja uma constante em nossa família, em nossa casa.
Jesus nos deixou a Sua paz, aprendamos com seu exemplo de amor, a amar e conviver em clima de harmonia com nossos familiares, e contagiando aqueles com quem convivemos, estaremos aumentando a paz do mundo a partir da paz em nosso lar.
Texto do Evangelho: capitulo IX item 6 – A afabilidade e a Doçura
EM FAMÍLIA
A família consanguínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se revestem de paciência, renúncia e boa vontade. De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.
Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já demandaram a esfera superior dignamente aureolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, para restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para os cimos da vida.
Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos.
Se és pai, não abandones teu filho aos processos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que a hortaliça de tua casa. A criança é um “trato de terra espiritual” que devolverá o que aprende, invariavelmente, de acordo com a sementeira recebida.
Se és filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e substimando-lhes os corações, como se estivessem em desacordo com os teus ideais de elevação e nobreza, porque também, um dia precisarás da alheia compreensão para que se te aperfeiçoe na individualidade a região presentemente menos burilada e menos atendida. A criatura no acaso da existência é o espelho do teu próprio futuro na Terra.
Aprende a usar a bondade, em doses intensivas, ajustando-a ao entendimento e à vigilância para que a tua experiência em família não desapareça no tempo, sem proveito para o caminho a trilhar.
Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro de muitos. Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se com espontaneidade e alegria, a benefício do companheiro de tarefa ou de lar, debalde se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.
Cultiva o trabalho constante, o silêncio oportuno, a generosidade sadia e conquistarás o respeito dos outros, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo.
Se não praticas no grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a inspiração e a diretriz. Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou destrutivas.
Procura entender e auxiliar a todos em casa, para que todos em casa te entendam e auxiliem na luta cotidiana, tanto quanto lhes seja possível.
O lar é o porto de onde a alma se retira para o mar alto do mundo, e quem não transporta no coração o lastro da experiência dificilmente escapará ao naufrágio parcial ou total.
Procura a paz com os outros ou a sós. Recorda que todo dia é dia de começar.
Livro Família
Emmanuel
Psic. de Francisco Cândido Xavier