“…Transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
(Romanos: 12-2.)
AMIGOS
Transformação quer dizer: Ato ou efeito de transformar ou transformar-se; significa também; mudar, tornar diferente. (dic. Larousse)
Jesus, em sua passagem pela Terra nos convida incessantemente à mudança, à transformação. No diálogo com a mulher adúltera diz: “Vá e não peques mais” – (Jo 8:11), convidando-a, à mudança de atitude.
Na conversa com Nicodemos (Jo 3, 1:8), deixa muito claro que não há conversão sem transformação.
Na vida, muitas vezes nos posicionamos de forma endurecida e resistente, não aceitamos as mudanças, não permitimos qualquer forma de renovação, agimos e pensamos com rigidez e inflexibilidade.
A sábia natureza nos mostra que a lagarta precisa passar pela clausura para ganhar asas e conquistar as alturas; o milho precisa do forte calor para se transformar na saborosa pipoca.
Aproveitemos, então, as oportunidades de aprendizado e renovação, que a vida nos oferece diariamente e busquemos nossa sublime transformação.
O mundo se transforma a cada dia.
Transformemo-nos também.
Texto do Evangelho para a semana:
Capitulo: XX – Item –– 5 – “Os Obreiros do Senhor”
Opção importante
Você já estourou pipoca que não tenha sido no micro-ondas? Se já o fez, deve ter observado a bela transformação do milho duro em pipoca macia.
Imagine o milho, fechado dentro da panela, sentindo cada vez mais o ambiente ficar quente. Deve pensar que a sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechado em si mesmo, ele não pode supor destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. Não faz ideia do que é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece e ele aparece como uma outra coisa, completamente diferente: pipoca branca e macia.
* * *
Podemos nos comparar ao milho de pipoca. Somos criaturas duras, quebra-dentes, insensíveis, incompreensíveis. Tantas vezes, com uma visão distorcida da vida, sem valores reais.
Também passamos por transformações quando passamos pelo fogo. É a dor. São situações que nunca imaginamos vivenciar. Pode ser um fogo de fora: um amor que se vai, um filho que adoece gravemente, o emprego perdido, a morte de um amigo, de um irmão.
Pode ser um fogo de dentro, cuja causa demoramos para descobrir e que nos atormenta por largo tempo: medo, ansiedade, depressão, pânico.
Enquanto estamos sofrendo a ação incômoda do fogo, desejamos ardentemente que ele se apague, a fim de que tenhamos repouso das dores.
Contudo, sem tal sofrimento não acontecerá a grande transformação. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser está ótimo.
Por sua vez, existem pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Acham que não pode existir nada mais maravilhoso do que o jeito delas serem.
A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. Essas podem ser comparadas ao piruá, aquele milho que se recusa a estourar e fica no fundo da panela, depois do alegre estouro da pipoca.
Lamentavelmente, essas criaturas não se permitem transformar na flor branca e macia para dar alegria a alguém. Não desejam se tornar mais maleáveis, doces, amorosas.
Perdem a chance de conquistar amizades que poderiam, logo mais, se solidificar em amores para o futuro risonho.
Ser piruá ou pipoca estourada – eis uma opção.
Os que desejamos ser felizes e fazer a ventura dos que nos cercam, aceitamos as lições das dores, tornando-nos mais afáveis, gentis no trato, ponderados no falar e aprendemos a usar a empatia, a fim de compreendermos as dores alheias.
Redação do Momento Espírita – 12.7.2013- Baseado em texto de Rubem Alves