“Perdão é serviço de todo instante. O perdão não existe, se não aprendemos a relevar as indelicadezas pequenas.”
Emmanuel
AMIGOS
“Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.”
“Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta…”
Jesus nos alertou sobre o perdão em várias passagens e ainda nos prometeu o Consolador que hoje nos conforta e esclarece que devemos perdoar sim, e interceder ao Senhor por aqueles que nos ofendem, esquecendo todo o mal que supostamente tenhamos recebido.
Não devolver o mal que se sofre é o início do ato de perdoar. Compreender, porém, que o outro, o agressor, é infeliz e que ele se compraz em prejudicar, porque é atormentado.
Convém recordar, que todos necessitam do perdão para as suas ações infelizes, desse modo, devendo perdoar-se, purificar a mente, permitindo-se o direito de errar, compreendendo a sua humanidade e fraqueza e esforçando-se para não permanecer no deslize moral.
Texto do evangelho para a semana: Cap. XII – item 4.
Perdoar
Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor.
Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão.
(…)
Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for. O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.
Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia.
O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro.
Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem.
Todo agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar.
(…)
Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor. O que te é inusitado, nele é habitual.
Se não te permitires a ira ou a rebeldia – perdoarás! A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações.
O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus (pedra de pequenas dimensões) e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante.
A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdescendo tudo e logo multiplicando flores e grãos.
E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.
Do Livro: Florações Evangélicas
De: Joanna de Ângelis
Psicografia de: Divaldo Pereira Franco