SEMANA DE BATUÍRA

“Quanto mais nos sustentarmos firmes no domínio da união, mais amplos recursos para a obra a desenvolver.”
Batuíra
AMIGOS DO GRUPO
Nascido a 19 de março de 1839, em Portugal, na Freguesia de Águas Santas, e desencarnado em São Paulo, no dia 22 de janeiro de 1909.
Seu nome de origem era Antônio Gonçalves da Silva, entretanto, devido a ser um moço muito ativo, correndo daqui para acolá, as pessoas da rua o apelidaram “o batuíra”, o nome que se dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de voo rápido, que frequentava os charcos na várzea formada, no atual Parque D. Pedro II, em S. Paulo, pelos transbordamentos do rio Tamanduateí.
Desde então o cognome “Batuíra” foi incorporado ao seu nome. Tornou- se um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil. Fundou o “Grupo Espírita Verdade e Luz”, onde, no dia 6 de abril de 1890, diante de enorme assembleia, dava início a uma série de explanações sobre “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Bastante popular em S. Paulo, Batuíra tornou-se querido de todos, tendo vários jornais registrado a sua desencarnação e enaltecido a sua vida voltada à caridade e dedicação aos sofredores.
Este grande homem, hoje em Espírito é o Dirigente do nosso querido Instituto Espírita Obreiros do Bem, figura que acolhe a todos nós com a mesma caridade e dedicação.
Batuíra, o nosso agradecimento do fundo do coração por todo o carinho e amor com que recebe a todos que adentram esta instituição, e também pela oportunidade do trabalho nesta seara.
Texto do evangelho para a semana: Cap. XVII – item 4 – Os Bons Espíritas.
Grupo Espírita
A embarcação prossegue. Outro símbolo não encontramos mais seguro para expressar a imagem de nosso trabalho em grupo, de vez que uma nave no mar permanece entre perigos constantes.
Se não vara a tormenta, despenha-se no fundo; se para, retarda a viagem; se não se defende, é ameaçada pelos monstros marinhos; se não usa orientação segura, se destina a perder rumo arrastando as consequências.
Sim, um grupo espírita a serviço do Cristo é uma embarcação assim preciosa e batida sempre, iluminada e perseguida pelos elementos desencadeados da natureza, quando o desequilíbrio sobrevém.
É por isso que pedimos ao coração e ao ânimo de nossos companheiros muita segurança na fé.
Ainda que a marcha se faça vagarosa, sigamos com firmeza. A obra é dAquele que nos designou para a viagem e o porto resplende, farto de luz e bênçãos. Que as sugestões menos felizes não nos seduzam. Nem queixas diante da tempestade, nem alegrias de ilusão nas ilhas em que poeira dourada entretece fantasias.
Trabalhar sempre, guardando união e confiança no cerne de nossas atividades. Nem sempre é o vento que derruba as naus que velejam corajosas; muitas vezes é a ausência da bússola. E a bússola é a segurança de atitude para com os deveres a que fomos chamados.
Haja o que houver, usemos a oração para reajustar brechas que surjam. Seja a prece o nosso clima de apaziguamento interior, porque a prece dispõe a criatura a refletir para a vida mais alta.
Do Livro: Mais Luz
De: Batuíra
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier