“Pois tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me destes de beber; era estrangeiro, e me acolhestes. {estava} nu e me vestistes; estive enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.” Mateus 25:35 e 36 (O Novo Testamento – tradução Haroldo Dutra Dias).
AMIGOS
Ah, o natal! A mesa farta. A árvore abarrotada de enfeites. Os presentes que se amontoam. A reunião da família. A decoração repleta de luzes. Quando esse período do ano chega, costumamos nos esforçar para que tudo esteja como o programado. Os mercados lotam, as lojas lucram mais do que em qualquer época, e nós, muitas vezes, nos estressamos em demasiado, zelando para que as tradições sejam atendidas.
No entanto, se repararmos algo mais, veremos que para cada mesa farta existem milhares de pessoas sem ter o que comer. Para cada família reunida, inúmeros se encontram no calvário da solidão. Então, será que os deserdados do pão e de companhia não podem comemorar o natal?
O natal significa o renascimento de Jesus em nossos corações. É um convite a manifestação da caridade em cada um de nós. E não se trata apenas da caridade material, restrita à esmola, mas também a caridade moral: benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas. Ser caridoso é reconhecer que há um elo que nos une a todos, que somos uma só família chamada humanidade. É tratar as pessoas com gentileza e simpatia inclusive aqueles que a sociedade exclui ou recrimina, sem esperar retribuição.
Amigos, sejamos nós os verdadeiros obreiros do bem. Coloquemos a caridade em prática, aceitando Jesus de fato em nossos corações e auxiliando ao próximo, lembrando-nos das palavras do Mestre quando nos disse: “… Amém vos digo {que} na medida em que fizestes a um destes meus irmãos, mais pequeninos, a mim o fizestes. ”
Texto do evangelho para semana: Capítulo XV – item 3
(Elaborado pela Juventude Espírita Obreiros do Bem)
Prece do Natal
Senhor Jesus!
Recordando-te a vinda, quando te exaltaste na manjedoura por luz nas trevas, vimos pedir-te a bênção.
Releva-nos; se muitos de nós trazemos saudade e cansaço, assombro e aflição, quando nos envolve em torrentes de alegria.
Sabes, Senhor, que temos escalado culminâncias…. Possuímos cultura e riqueza, tesouros e palácios, máquinas que estudam as constelações e engenhos que voam no Espaço! Falamos de ti – de ti que volveste dos continentes celestes, em socorro dos que choram na poeira do mundo, no topo dos altos edifícios em que amontoamos reconforto, sem coragem de estender os braços aos companheiros que recolhias no chão…
Destacamos a excelência de teus ensinos, agarrados ao supérfluo, esquecidos de que não guardaste nem a pedra em que repousaste a cabeça; e, ainda agora, quando te comemoramos o natalício, louvamos-te o nome, em torno da mesa farta, trancando inconscientemente as portas do coração aos que se arrastam na rua!
Nunca tivemos, como agora, tanta abastança e tanta penúria, tanta inteligência e tanta discórdia! Tanto contraste doloroso, Mestre, tão só por olvidarmos que ninguém é feliz sem a felicidade dos outros…. Desprezamos a sinceridade e caímos na ilusão, estamos ricos de ciência e pobres de amor. É por isso que, em te lembrando a humildade, nós te rogamos para que nos perdoes e ames ainda…. Se algo te podemos suplicar além disso, desculpa o nada que te ofertamos, em troca do tudo que nos dás e faze-nos mais simples! …
Enquanto o Natal se renova, restaurando-nos a esperança, derrama o bálsamo de tua bondade sobre as nossas preces, e deixa, Senhor, que venhamos a ouvir de novo, entre as lágrimas de júbilo que nos vertem da alma, a sublime canção com que os Céus te glorificam o berço de palha, ao clarão das estrelas:
– Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!
Fonte: Livro Antologia Mediúnica do Natal
Pelo espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.