SEMANA DE REFLETIR SOBRE A JUSTIÇA DIVINA

“A justiça divina oportuniza sempre a reparação dos erros e a suavização da culpa através de uma nova encarnação.”
Altamir da Cunha In RIE
Revista Internacional de Espiritismo
Passados mais de 2000 anos da vinda de Cristo e muitas vezes temos dificuldades de compreender e aceitar o caminho que nos leva à Justiça do Pai.
Com o advento do Espiritismo, chega ao nosso conhecimento a Justiça Divina, espalhando a luz para toda a humanidade, abrandando o nosso coração.
O livro “O Céu e o Inferno”, de Kardec, nos traz ao entendimento com muita clareza os mecanismos da Justiça Divina, cujo objetivo é a sublimação do Espírito.
Para isso, é preciso olhar para trás, procurar no passado, em outras existências as nossas angústias, trabalhar com elas. Sem admitirmos a reencarnação não aceitaremos a Justiça Divina.
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, de que maneira se não admitirmos os distintos patamares que uns e outros se encontram, e nem as diferenças de toda ordem?
A justiça da reencarnação se expressa na oportunidade do retorno para aprender, recomeçar o que foi deixado inacabado, consertar o que foi destruído, dar continuidade aos projetos maiores da vida.
Ser otimista é de extrema importância, avaliar que frequentemente nos aparecem situações que nos propiciam fazer o certo, fazer o bem e sermos felizes o quanto podemos neste abençoado planeta Terra. Reflitamos!
Texto do Evangelho – Capítulo V – Itens 1 e 3
NA LUZ DA JUSTIÇA
Reunião pública de 8-12-61
A justiça humana, conquanto respeitável, frequentemente julga os fatos que considera puníveis pelos derradeiros lances de superfície, mas a Justiça Divina observa todas as ocorrências, desde os menores impulsos que lhes deram começo.
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Identificaste os culpados pelas tragédias, minuciosamente descritas na imprensa; no entanto, muitas vezes tudo ignoras acerca das inteligências que as urdiram (teceram) na sombra.
Viste pais e mães, aparentemente felizes e vigorosos, tombarem na desencarnação prematura, minados por sofrimentos indefiníveis, mas não enxergaste os filhos inconsequentes que lhes exauriram as forças.
Anotaste os companheiros que desertaram da construção espiritual, censurando-lhes o esmorecimento e o recuo; todavia, não te apercebeste dos amigos levianos que lhes exterminaram a tenra sementeira de luz, no apontamento escarnecedor.
Reprovaste os que se renderam à perturbação e à loucura, estranhando-lhes a suposta fraqueza; entretanto, não chegaste a conhecer os verdugos risonhos, do campo social e doméstico, que os ficharam no cadastro do manicômio.
Acusaste os irmãos que caíram em desdita e falência, classificando-os na lista dos celerados (criminosos); contudo, nem de leve assinalaste a presença daqueles que os sitiaram no beco da aflição sem remédio.
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Não queremos, com isso, consagrar o regime da irresponsabilidade.
Todos respiramos, no Universo, ante a luz da Justiça.
O autor de uma falta, naturalmente, responderá por ela.
Nos tribunais da imortalidade, cada espírito devedor resgata as suas próprias contas. No entanto, em todas as circunstâncias, saibamos semear o bem, de vez que as nossas ações provocam nos outros ações semelhantes, e, se aquele que faz o mal é passível de pena, aquele que organiza o mal, conscientemente, sofrerá pena maior.
Do livro: Justiça Divina
De: Emmanuel
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier