Semana de 30 de junho a 06 de julho.
“Abramos os nossos corações sinceros, como sempre, uns aos outros, e ouçamo-nos uns aos outros com entendimento e com amor.”
Batuíra
AMIGOS
A comunicação é essencial para se viver em sociedade e o diálogo é fundamental em qualquer relação.
Para que haja equilíbrio nessas relações é muito mais importante saber ouvir do que falar.
Quantas vezes nos deparamos dentro dos nossos próprios lares com situações que poderiam ser resolvidas se tivéssemos ouvido mais e falado menos?
É provável que aquele familiar não precisava da nossa opinião ou julgamento, e sim de um pouco de atenção, apenas para ouvi-lo.
Reflitamos sobre a nossa conduta para com o nosso próximo, nesse quesito.
Hoje ouvimos alguém com respeito, talvez amanhã precisemos que um irmão nos ouça sobre nossas angústias e aflições.
Saber ouvir pode salvar alguém.
Saber ouvir é uma forma de respeito e caridade.
A caridade é o amor em ação.
Texto do Evangelho para a semana: Cap.: XI – Item 4 – “O maior mandamento”
SABER OUVIR
Tumulto e vozerio, nos atritos humanos, pedem um tipo raro de beneficência: a caridade de saber ouvir.
São muitos os que cambaleiam, desorientados, à míngua de tolerância que os ouça.
Convém, no entanto, frisar que palavras não lhe escasseiam.
Falta-lhes o silêncio de um coração amigo, com bastante amor para ungir-lhes a alma, no bálsamo da compreensão; e, por esse motivo, desfalecem na luta, à feição do motor que se desajusta sem óleo.
[…]
Para que lhes prestes, entanto, o amparo devido, não mostres o ar distante dos que não querem se incomodar e nem digas a frase clássica: “pior aconteceu comigo”, com a qual, muitas vezes, a pretexto de ajudar, apenas alardeamos egocentrismo, à frente dos outros, sem perceber que estamos a esmagá-los.
[…]
Deixa que o próximo te relacione os próprios desgostos.
[…]
Todavia, sempre que possas, ouve calmamente, diminuindo a aflição que lavra no mundo.
[…]
Se as circunstâncias te impelem às referências de ordem pessoal, seleciona aquelas que sirvam aos outros, na condição de escora e esperança.
Sobretudo, em ouvindo, não interrompas quem fala com a vara do reproche.
Geralmente, os que te procuram o entendimento para descarregar as agonias da alma, conhecem de sobra o calibre da cruz que eles mesmos colocaram nos ombros. Rogam-te apenas alguma pequenina parcela de energia que lhes assegurem mais alguns passos, caminho adiante.
Aprendamos a ouvir para auxiliar, sem a presunção de resolver.
O próprio Cristo consolando e abençoando, esclarecendo e servindo, não prometeu a supressão imediata das provações de quantos o cercavam, mas, sim, apelava, sincero:
“Vinde a mim, que eu vos aliviarei.”
Do Livro: Opinião Espírita
Pelo Espírito: Emmanuel/André Luiz
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier.