Semana de 07 a 13 de julho.
“Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes.”
(S. MARCOS, cap. XI, v.24.)
AMIGOS
Em o Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos que a prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Ela pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos.
A eficácia da prece não depende de nos colocarmos em evidência ou por orarmos muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que seremos escutados, mas pela sinceridade delas. Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a nossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia.
Antes de orardes, recomenda Jesus, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade.
Texto do Evangelho para a semana – cap. XXVII – item 06
ORAREMOS
“E esta é a confiança que temos para ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” – JOÃO. (I João, 5:14.)
Exporemos em prece ao Senhor os nossos obstáculos, pedindo as providências que se nos façam necessárias à paz e à execução dos encargos que a vida nos delegou; entretanto, suplicaremos também a ele nos ilumine o entendimento, para que lhes saibamos receber dignamente as decisões
Não nos esquecemos de que a nossa capacidade visual abrange, mais ou menos, unicamente o curto espaço dos sessenta segundos de um minuto, enquanto que o Senhor, que nos acompanhou as numerosas existências passadas – existências que conservas, agora, na Terra, temporariamente esquecidas -, nos conhece o montante das necessidades de hoje e de amanhã.
Tenhamos suficiente gratidão para não suprimir-lhe a benção.
A Providência Divina possui os recursos e caminhos que lhe são próprios para alcançar-nos.
Quando encarnados no plano físico, se na posição de enfermos, costumamos implorar do Céu a dádiva da saúde corpórea, na expectativa de obter um milagre e, às vezes, o Céu nos responde com a imposição de um bisturi, que nos rasgue as entranhas, de maneira a reconstituir-nos o equilíbrio orgânico.
Simbolicamente, ocorrem circunstâncias idênticas no quadro espiritual de nossa vida cotidiana.
Rogamos a Deus a presença da felicidade em nossos dias, segundo a concepção com que a imaginamos, mas somos, via de regra, portadores de certos defeitos, que nos impediriam acolhê-la, sem agravar as próprias dívidas, e Deus, em muitos casos, nos envia primeiramente o espinho da provação, que nos faculte a experiência precisa para recebê-la em momento oportuno, como determina o recurso operatório para o corpo doente, antes que se lhe restaure a saúde.
Oraremos, sim; no entanto, é imperioso, em matéria de petição, rogar isso ou aquilo ao Senhor, sempre de acordo com a Sua Vontade, porque a Vontade do Senhor inclui, invariavelmente, a harmonia e a felicidade de nossa vida.
Do livro: Ceifa de Luz
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia de: Francisco Candido Xavier