“A piedade é uma das mais preciosas faculdades da alma humana.”
Leon Tolstoi
AMIGOS DO GRUPO
Esta semana o Projeto Transformação Moral nos convida a refletirmos sobre a PIEDADE.
A piedade é a virtude que mais nos aproxima dos anjos, nos diz o Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap. XIII – item 17.
Mas como entendê-la em profundidade e como colocá-la em prática?
Segundo o conhecimento superficial que se tem sobre ela, a piedade, ou a compaixão, significa sofrer com alguém, ou com algo.
E como naturalmente fugimos do sofrimento, a piedade pode nos parecer incômoda muitas vezes. Porém, ao compreender melhor essa virtude, veremos que nos é extremamente benéfica, e não significa que com ela traremos mais dor para nossos dias.
Compartilhar o sofrimento do outro não é aprová-lo, nem compartilhar suas razões, boas ou más, muito menos considerar qualquer sofrimento, como um fato indiferente, e um ser vivo, qualquer que seja, como coisa.
A compaixão ou piedade é o contrário da crueldade, que se alegra com o sofrimento do outro, diferente também, do egoísmo, que não se preocupa com o outro.
É uma atitude mental baseada no desejo de que o outro se livre do sofrimento vivido e está associada a uma sensação de compromisso e responsabilidade para com o próximo.
Sentir piedade não é sentir pelo outro, mas sentir com o outro. Todos trazemos no coração esta centelha de amor que precisa do nosso esforço fraterno para expandir-se.
A piedade é o sentimento divino que nos impulsiona ao auxílio do próximo, é a mola propulsora da caridade; não praticamos a caridade, senão quando nos compadecemos do sofrimento alheio.
Texto do Evangelho para a semana:
Capitulo: – XIII – Item 17 – “A PIEDADE”
Mansidão e Piedade
Se caminhas sob chuvas de impropérios e maldições, cultiva a mansidão e exercita a piedade.
Se atravessas provas rudes, assoalhadas por aflições contínuas, guarda-te na mansidão e desenvolve a piedade.
Se sofres agressões prolongadas, que se não justificam, permanece com mansidão e desenvolve a piedade.
Se tombas nas ciladas bem urdidas (tramadas), propostas por adversários encarnados ou não, mantém-te em mansidão e esparze (espalha) a piedade.
Se te açodam (precipitam) circunstâncias rudes e tudo parece conspirar contra tuas lutas de redenção, não te descuides da mansidão nem da piedade.
Aclamado pelo entusiasmo passageiro de amigos ou admiradores, sustenta a mansidão e insiste na piedade.
Guindado a posições de relevo transitório e requestado pelo momento de ilusão, não te afaste da mansidão e da piedade.
Carregado de êxitos terrenos e laureado por enganosas situações, envolve-te na mansidão e não te distancies da piedade.
Recomendado pelas pessoas proeminentes ou procurado pelos triunfos humanos persevera com mansidão e trabalha com piedade.
Mansidão e piedade em qualquer circunstância, sempre.
A mansidão coloca-te interiormente indene (ileso) à agressividade dos que se comprazem no mal e a piedade envolve-os em vibrações de amor.
A mansidão faz-te compreender que necessitas de crescimento espiritual e, por enquanto, a dor ainda se torna instrumento educativo. A piedade evita que mágoas ou sequelas de aborrecimento tisnem (maculem) os teus ideais de enobrecimento.
A mansidão acalma; a piedade socorre.
Com mansidão seguirás a trilha da humildade e com a piedade prosseguirás retribuindo com o bem a todo e qualquer mal.
A mansidão identifica o cristão e a piedade fala das suas conquistas interiores.
“Bem-aventurados os mansos e pacificadores – ensinou Jesus – porque eles herdarão a Terra”…
Do livro: Otimismo
Pelo Espírito: Joanna de Angelis
Psicografia de Divaldo Franco.