Semana de 02 a 08 de fevereiro.
“O Espírito que adquirir a virtude do perdão, não achará dificuldade em mais nada. Haja o que houver, aconteça o que acontecer, ele saberá administrar a sua vida. ”
Chico Xavier
AMIGOS
Ouvimos muitas vezes que é preciso perdoar para ser perdoado. Mas se desencarnássemos agora, deixaríamos para trás alguma ofensa não perdoada? Bom mesmo seria se já estivéssemos no estágio de não existir ofensa, de nunca nos sentirmos ofendidos. Mas somos, ainda, muito suscetíveis, nos melindramos facilmente.
No Evangelho Segundo o Espiritismos, Capitulo X, item 14, encontramos a seguinte indagação: “Quantas vezes perdoarei a meu irmão? ” A resposta objetiva e profunda, nos remete a mais ampla reflexão “Ele, o justo por excelência, responde a Pedro: perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos e às injurias; serás brando e humilde de coração, sem medir a tua mansuetude; farás, enfim, o que desejas que o Pai celestial por ti faça. ”
Nesse contexto, não podemos nos esquecer de que também já ofendemos, e de que os erros nossos e dos outros são tentativas de acerto que não obtiveram o sucesso almejado. Assim, se não nos perdoarmos, como poderemos perdoar ao próximo? Poucas coisas produzem tanto mal e causam tantas doenças como a falta de perdão. Vamos refletir! Vamos praticar o perdão!
Texto do Evangelho para a semana: Cap.: X – Item: 15
PERDOAR
Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor.
Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão.
Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for. O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.
Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia.
O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro.
Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem.
Todo agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar.
Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor. O que te é inusitado, nele é habitual.
Se não te permitires a ira ou a rebeldia – perdoarás! A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações.
O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus (pedra de pequenas dimensões) e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante.
A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdecendo tudo e logo multiplicando flores e grãos.
E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.
Do Livro: Florações Evangélicas
De: Joanna de Ângelis
Psicografia de: Divaldo Pereira Franco