Semana de 23 a 29 de fevereiro.
“A humildade difere da humilhação. Uma é luz, outra é treva; a humildade eleva, a humilhação rebaixa. “
Joanna de Ângelis
Amigos
Jesus nunca se cansou de combater o orgulho e de enaltecer a humildade, virtude da qual deu vários exemplos. Na lição que fala sobre “pobreza de espírito”, quis nos ensinar a modéstia, a simplicidade, a pureza, mas a do coração.
A humildade é um dos valores essenciais da alma. O orgulho ou a autovalorização exagerada, são os entraves para a elevação espiritual.
A humildade e a caridade, segundo o Espírito Lacordaire, “ são virtudes muito desprezadas pelo homem. Apresentar-se com uma, sem a outra, é o mesmo que vestir belo traje para ocultar uma deformidade física. Sem humildade, apenas vos adornais de virtudes que não possuís”.
E continua nos alertando: “Despertai, meus irmãos, meus amigos! Que a voz dos Espíritos vos toque o coração. Sede generosos e caridosos, sem ostentação. Quer dizer: fazei o bem com humildade.”
Ser humilde é ser corajoso durante os reveses da vida, é perseverar no combate às próprias más tendências, é, portanto, vencer os obstáculos naturais, mas sem revolta, sem violência, perdoando a quem nos ofenda, trabalhando e servindo abnegada e incessantemente.
Por isso nos ensina Allan Kardec: – “Estude a si mesmo, observando que o auto conhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz… “
Texto do Evangelho: Capítulo II – Itens 8 – Uma Realeza Terrestre
Humildade Celeste
Jesus nunca se cansou de combater o orgulho e de enaltecer a humildade, virtude da qual deu vários exemplos. Na lição que fala sobre “pobreza de espírito”, quis nos ensinar a modéstia, a simplicidade, a pureza, mas a do coração.
Ninguém mais humilde que Ele, o Divino Governador da Terra.
Podia eleger um palácio para a glória do nascimento, mas preferiu sem mágoa a manjedoura simples.
Podia reclamar os princípios da cultura para o seu ministério de paz e redenção; contudo, preferiu pescadores singelos para instrumentos sublimes do seu verbo de luz.
Podia articular defesa irresistível a fim de dominar a governança política; no entanto, preferiu render-se à autoridade, presente em sua época, ensinando que o homem deve entregar ao mundo o que ao mundo pertence, e a Deus o que é de Deus.
Podia banir de pronto do colégio apostólico o amigo invigilante, mas preferiu que Judas conseguisse os seus fins, lamentáveis e escusos, descerrando-lhe aos pés o caminho melhor.
Podia erguer-se ao Sol da plena vida eterna, sem voltar-se jamais ao convívio humilhante daqueles que o feriram nos tormentos da cruz; no entanto, preferiu regressar para o mundo, estendendo de novo as mãos alvas e puras aos ingratos da véspera.
Podia constranger o espírito de Saulo a receber-lhe as ordens, mas preferiu surgir-lhe qual companheiro anônimo, rogando-lhe acordar, meditar e servir, em favor de si mesmo.
Em Cristo, fulge sempre a humildade celeste, pela qual aprendemos que, quanto mais poder, mais amplo o trilho augusto aberto às nossas almas para que nos façamos, não apenas humildes pelos padrões da Terra, mas humildes enfim pelos padrões de Deus.
Pelo Espírito Emmanuel, Psic. Francisco Cândido Xavier.
Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.