“A caridade é um exercício espiritual… Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma.”
Chico Xavier
AMIGOS DO GRUPO
A oportunidade de exercitar a caridade bate as nossas portas a todo o momento e é de forma tão simples que, por muitas vezes deixamos passar despercebidos. Às vezes ela surge em forma de suprir uma necessidade material, doando roupas/alimentos coisas que o dinheiro compra.
Mas é necessário que nos voltemos para aqueles que também necessitam de auxílio emocional e espiritual. A dificuldade material leva as pessoas desacreditarem na vida, perderem a auto-estima e muitas vezes a perderem a fé.
Reflitamos sobre a frase de Allan Kardec: “Fora da caridade não há salvação”.
O que ainda não entendemos é que podemos e devemos exercitá-la em todos os lugares.
No lar, a caridade, pede: colaboração e comprometimento para a harmonia e entendimento da família, onde espíritos se reúnem com a oportunidade de reparações e evolução espiritual e moral.
Na via publica pede: auxílio a alguém para atravessar a rua; respeitar as sinalizações; jogar lixo no lixo cuidando desse planeta que nos acolhe nesta encarnação.
No trabalho: sendo paciente com os superiores e humilde perante os subordinados.
No grupo de estudos: dividir o conhecimento adquirido e respeitar a opinião dos outros.
No centro espírita: se envolver nos trabalhos da casa ou então simplesmente manter-se em silêncio no momento da palestra, em consideração aquele trabalhador de boa vontade que se encontra a nossa frente e em respeito àqueles que estão do nosso lado, que de uma forma ou outra, encontra-se como nós, buscando auxílio na casa que a todos acolhe, sem distinção.
Em nossas preces vamos pedir intuição e discernimento para que na hora de executarmos a caridade, saibamos o momento certo de pensar, agir, falar ou calar.
Dessa forma estaremos nos movimentando na pratica do bem e nos exercitando enquanto espíritos no único caminho que nos levará a salvação.
Texto do evangelho para a semana:
Cap.: XV – Item 5 – O maior mandamento
Caridade e Esperança
Lembra-te da esperança para que a tua caridade não se faça incompleta.
Darás ao faminto, não somente a côdea de pão que lhe mitigue a fome, mas também o carinho da palavra fraterna, com que se lhe restaurem as energias.
Não apenas entregarás ao companheiro, abandonado à intempérie, a peça que te sobra ao vestiário opulento, mas agasalhá-lo-ás em teu sorriso espontâneo a fim de que se reerga e prossiga adiante, revigorado e tranquilo.
Não olvides a paciência divina com que somos tolerados a cada hora.
Qual acontece ao campo da natureza, em que o Sol mil vezes injuriado pela treva, mil vezes responde com a bênção da luz, dentro de nossa vida, assinalamos a caridade infinita de Deus, refazendo-nos a oportunidade de servir e aprender, resgatar e sublimar todos os dias.
Não te faças palmatória dos próprios irmãos, aos quais deves a compreensão e a bondade de que recebes as mais elevadas quotas do Céu, na forma de auxílio e misericórdia, em todos os instantes da experiência.
Não profiras maldição nem espalhes o tóxico da crítica, no obscuro caminho em que jornadeiam amigos menos ditosos, ainda incapazes de libertarem a si mesmos das algemas da ignorância.
Recorda que Jesus nos chamou à senda terrestre para auxiliar e salvar, onde muitos já desertaram da confiança no eterno bem.
Seja onde for e com quem for, atende à esperança para que o mundo conquiste a vitória a que se destina.
Aliviar com azedume é alargar a ferida de quem padece e dar com reprimendas é envolver o socorro em repulsivo vinagre de desânimo ou desespero.
À maneira de raio solar que desce à furna cada manhã, restaurando o império da luz, sem reclamação e sem mágoa, sê igualmente para os que te rodeiam a permanente mensagem do amor que tudo compreende e tudo perdoa, amparando e auxiliando sem descansar, porque somente pela força do amor alcançaremos a luz imperecível da vida.
Texto extraído do Livro: Caridade
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia de : Francisco Cândido Xavier