“Na vida não basta saber, é imprescindível compreender. Os livros ensinam, mas só o esforço próprio aperfeiçoa a alma para a grande e abençoada compreensão”. (Emmanuel).
AMIGOS DO GRUPO
A compreensão está diretamente ligada à capacidade intelectual e ao conhecimento espiritual de cada um. Por isso, devemos ter cuidado ao expor as nossas opiniões, porque nem todos possuem conhecimento suficiente, ou a evolução espiritual necessária para entender as nossas colocações.
André Luiz, nos alerta, no livro “Missionários da Luz”: “Reclamar compreensão e resultados de criaturas e situações, ainda incapacitadas para no-los dar, constitui exigência mais cruel que a solicitação de recompensas imediatas.”
Os Amigos da Espiritualidade do Obreiros do Bem nos recomendam: “É necessária a compreensão e a paciência para nos livrarmos de julgamentos, que precisamos saber ouvir os sins e os nãos, que somos todos aprendizes, uns mais adiantados que outros e que o objetivo da Doutrina Espírita é a melhoria intelecto/moral da humanidade. Seus princípios básicos devem sempre ser retomados para acolher as almas que nos procuram com todo carinho, respeito e compreensão.”
O Espiritismo nos faz compreender melhor a nossa trajetória aqui na Terra. Seus ensinamentos nos levam a compreender que cada ser humano é diferente do outro, mostra que não se pode tratar todos num mesmo patamar de conhecimento, assim compreenderemos e aceitaremos melhor as diferenças, porém não basta aceitar os princípios renovadores da Doutrina dos Espíritos é preciso vivenciá-los.
Texto do Evangelho para esta semana:
Capítulo XXIII – Item 16
AMIZADE E COMPREENSÃO
“Com leite vos criei, e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem ainda agora podeis.”
(Paulo – I Coríntios, 3:2)
Muitos companheiros de luta exigem cooperadores esclarecidos para as tarefas que lhes dizem respeito, amigos valiosos que lhes entendam os propósitos e valorizem os trabalhos, esquecidos de que as afeições, quanto as plantas, reclamam cultivo adequado.
Compreensão não se improvisa. É obra de tempo, colaboração, harmonia.
O próprio Cristo, primeiramente, semeou o ideal divino no coração dos continuadores, antes de recolher-lhes o entendimento. Sofreu-lhes as negações, tolerou-lhes as fraquezas e desculpou-lhes as exigências para formar, por fim, o colégio apostólico.
Nesse particular, Paulo de Tarso fornece-nos judiciosa (sensata) lição, declarando aos coríntios que os criara com leite. Tão pequena afirmativa transborda sabedoria vastíssima. O apóstolo generoso, gigante no conhecimento e na fé viva, edificara os companheiros de sua missão evangélica em Corinto, não com o alimento complexo das teses difíceis, mas com os ensinamentos simples da verdade e as puras demonstrações de amor em Cristo Jesus. Não lhes conquistara a confiança e a estima exibindo cultura ou impondo princípios, mas, sim, orando e servindo, trabalhando e amando.
Existe uma ciência de cultivar a amizade e construir o entendimento. Como acontece ao trigo, no campo espiritual do amor, não será possível colher sem semear.
Examina, pois, diariamente, a tua lavoura afetiva. Observa se estás exigindo flores prematuras ou frutos antecipados. Não te esqueças da atenção, do adubo, do irrigador. Coloca-te na posição da planta em jardim alheio e, reparando os cuidados que exiges, não desdenhes resgatar as tuas dívidas de amor para com os outros.
Imita o lavrador prudente e devotado, se desejas atingir a colheita de grandes e preciosos resultados.
Do livro: Vinha de Luz
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicogrado por: Francisco Cândido Xavier