“Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia.”
(S.MATEUS, cap. V, v 7.)
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A indulgência (perdoar, ser tolerante…) para com as imperfeições dos outros é a aplicação da vivência dos ensinamentos de Jesus. O Mestre jamais observou com agravo os maus atos dos que o cercavam, em todas as oportunidades ensinava, esclarecia, orientava, sempre enfatizando, após um auxilio, vais e não peques mais.
E nós outros, queremos julgar na maioria das vezes as dificuldades de nossos semelhantes. Criticar no intuito de inferiorizar, observar destacando os defeitos. Nesses momentos esquecemo-nos das nossas dificuldades, das nossas fraquezas, dos nossos vícios.
Por isso, é que quando falamos de indulgência, devemos lembrarda nossa modificação intima, e essa modificação começa pelo estudo. Primeiro os esclarecimentos, depois os esforçamos na ação.É assim que de tijolinho em tijolinho construímos a nossa ascensão.
Texto do Evangelho para a semana:
Capítulo: X – item 16 – A indulgência
INDULGÊNCIA
A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossasexperiências.
Circunstâncias diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, a instalar entrechoques.
Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios.
Sejamos indulgentes.
Se erramos, roguemos perdão.
Se outros erraram, perdoemos.
O mal que desejamos para alguém, hoje, suscitará o mal para nós, amanhã.
A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.
É assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as próprias imperfeições demonstra incoerência. Quem perdoa desconhece o remorso.
Ódio é fogo invisível na consciência.
O erro, nosso, requer a bondade alheia; erro de outrem, reclama a clemência nossa.
A Humanidade dispensa quem a censure, mas necessita de quem a estime.
E ante o erro, debalde se multiplicam justificações e razões. Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a conseqüência inevitável de toda fuga ao dever.
Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar.
Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
Você, amostra da Grande Prole de Deus, carece do amparo de todos e todos solicitam-lhe o amparo.
Saiba, pois, refletir o mundo em torno, recordando que se o espelho, inerte e frio, retrata os aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida.
Do Livro: Ideal Espírita
Pelo Espírito: André Luiz
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier