Semana de 22 a 28 de setembro.
“Onde a vida palpita brilha a renovação.”
Emmanuel
AMIGOS
“Pandora era uma princesa da Grécia antiga que recebeu de deuses ciumentos de sua beleza um presente, uma caixa misteriosa. Disseram-lhe que jamais a abrisse. Mas um dia, vencida pela curiosidade e tentação, ela ergueu a tampa para dar uma espiada, liberando no mundo os grandes males: a doença, a inquietação e a loucura. Um deus compadecido permitiu-lhe, porém, fechar a caixa a tempo de prender o único antídoto que torna suportável a infelicidade da vida: a esperança.
Diz o ditado popular que a esperança é a última que morre. Mas poucos de nós recordamos que ela é também a primeira que sempre renasce…
No fundo, a esperança nunca morre, ou, pelo menos, jamais deveria morrer. Para o espírita, a crença na vida futura e na imortalidade da alma facilita o entendimento sobre as dificuldades cotidianamente enfrentadas pelo Espírito em seu processo evolutivo, por meio das vidas sucessivas.” (In Livro Anotações Espíritas).
E tomando conhecimento da dimensão realista da vida futura, a esperança torna-se uma força imensa. Diante da expectativa de que a vida continua após o desencarne e que não seremos levados nem para o céu e nem para o inferno, adquirimos uma confiança sem limite na infinita bondade de Deus.
A esperança no futuro ajuda-nos a nos conciliarmos com nossas dores e a certeza que tudo é passageiro.
Texto do Evangelho para a semana – cap. XIX – item 11 – A Fé, Mãe da Esperança e da Caridade.
“Porque tudo que dantes foi escrito,
para nosso ensino foi escrito,
para que pela paciência e consolação
das Escrituras tenhamos esperança” –
Paulo. (Romanos, 15:4.)
A esperança é a luz do cristão.
Nem todos conseguem, por enquanto, o voo sublime da fé, mas a força da esperança é tesouro comum.
Nem todos podem oferecer, quando querem, o pão do corpo e a lição espiritual, mas ninguém na Terra está impedido de espalhar os benefícios da esperança.
A dor costuma agitar os que se encontram no “vale da sombra e da morte”, onde o medo estabelece atritos e onde a aflição percebe o “ranger de dentes”, nas “trevas exteriores”, mas existe a luz interior que é a esperança.
A negação humana declara falências, lavra atestados de impossibilidade, traça inextricáveis (entrelaçados) labirintos, no entanto, a esperança vem de cima, à maneira do Sol que ilumina do alto e alimenta as sementeiras novas, desperta propósitos diferentes, cria modificações redentoras e descerra visões mais altas.
A noite espera o dia, a flor o fruto, o verme o porvir… O homem, ainda mesmo que se mergulhe na descrença ou na dúvida, na lágrima ou na dilaceração, será socorrido por Deus com a indicação do futuro.
Jesus, na condição de Mestre Divino, sabe que os aprendizes nem sempre poderão acertar inteiramente, que os erros são próprios da escola evolutiva e, por isto mesmo, a esperança é um dos cânticos sublimes do seu Evangelho de Amor.
Imensas têm sido, até hoje, as nossas quedas, mas a confiança do Cristo é sempre maior. Não nos percamos em lamentações. Todo momento é instante de ouvir Aquele que pronunciou o “Vinde a mim…”
Levantemo-nos e prossigamos, convictos de que o Senhor nos ofereceu a luz da esperança, a fim de acendermos em nós mesmos a luz da santificação espiritual.
Do livro: Vinha de Luz
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier