46ª Semana – XXII – 08 à 14/11/2020
Projeto Transformação Moral
SEMANA DA FÉ RACIOCINADA
“Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”
Allan Kardec
AMIGOS
Aprendemos com a Doutrina Espírita que, na sua caminhada evolutiva, o Espírito gradativamente vai conhecendo as leis de Deus, apercebendo-lhes a perfeição e, quanto mais as conhece, mais se identifica com elas, mais confia na justiça e no amor do Criador, mais se conscientiza da Sua perfeição, mais tem fé. Essa a fé que nasce do entendimento Inabalável.
A fé que o Espiritismo preconiza não é uma fé contemplativa, capaz de levar uma pessoa à imobilidade, em que fica aguardando providências de Deus em seu favor. Ao contrário, é uma fé dinâmica, edificada vagarosa e conscientemente pelo Espírito, à medida que evolui, conforme ensina Emmanuel: “A árvore da fé viva não cresce no coração miraculosamente. A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço.” (adaptação do texto de José Passini – Fé Raciocinada – Reformador – fev. 2005).
“Nesse sentido, Jesus é o nosso exemplo indiscutível. Não se limitou o Senhor a simples glorificação de Deus nos Paços Divinos, quanto à edificação dos homens. Por amor infinitamente a Deus, na sublime tarefa que lhe foi cometida, desceu à esfera dos homens e entregou-se à obra do amor infatigável, levantando-nos da sombra terrestre para a Luz Espiritual.”
Edifiquemos a fé raciocinada em nós, mas que nesta construção seja considerada também os ingredientes da Esperança do Amor e da Caridade.
Texto do Evangelho para a semana: Cap.: XIX – Item: 6 e 7 – A fé religiosa. Condição da fé inabalável.
Fé e Perseverança
Três rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogativas.
Depois de muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalhavam, apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.
Radiante de luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.
Os três ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da riqueza. O Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entregasse enorme tesouro em moedas.
O segundo suplicou a beleza perfeita e o Celeste Benfeitor mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso unguento a fim de que a formosura lhe brilhasse no rosto.
O terceiro exclamou com fé:
— Senhor, eu não sei escolher… Dá-me o que for justo, segundo a tua vontade.
O Mestre sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa. Em seguida, abençoou-os e partiu…
O moço que recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! desencanto!… Ela continha simplesmente uma enorme pedra.
Os companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando, procurando…
Depois de algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encontrou aí um soberbo diamante. Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alívio, em nome do Senhor.
Vivia feliz, cuidando de seu trabalho, quando um dia dois enfermos bateram à porta. Não teve dificuldade em reconhecê-los. Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria e desilusão.
Abraçaram-se chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apareceu entre eles e falou:
— Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus.
Do Livro: Pai Nosso
Pelo Espírito: Meimei
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier