Semana de 23 à 29 de abril
“Fé inabalável só é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da humanidade.”
Allan Kardec – ESE
AMIGOS
A Doutrina Espírita nos ensina que a Fé quando raciocinada deixa de possuir a acepção de algo obtido por uma graça, por um mistério que não pode ser explicado. A Fé Espírita baseia-se na busca do entendimento da importância de todas as coisas, de compreender que todos os acontecimentos são oportunidades de crescimento. Com Ela há uma lucidez maior do sentido e objetivo da Vida.
Allan Kardec nos assinala que a Fé Espírita “não pode ser prescrita ou imposta, por aquele que a tem, ninguém a poderá tirar e àquele que não a tem ninguém poderá dar”. Diz o Codificador que “a Fé é sinal evidente de progresso”. Logo esse progresso, é consequência de experiências, de aprendizados que pouco a pouco foram conquistados em múltiplas reencarnações.
A importância de se ter esse entendimento da Fé, nos leva a vivenciar melhor a atual existência, a pautar nossos atos com base em uma moral, em uma ética elevada, que nos conduz à certeza, à confiança e à esperança de estágios reencarnatório cada vez mais equilibrados, até a conquista da posição de Espíritos Bons, de Espíritos Puros.
Texto do Evangelho para a semana: Capítulo: XIX – Item: 11 – A fé: mãe da esperança e da caridade.
Fé
“Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica infrutífera.” – Jesus. (MARCOS,4:19.)
A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente. Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura. Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento. Indispensável cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa. Estacadas, adubos, vigilância, todos os fatores de preservação devem ser postos em movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina. A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço. A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino. Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis consequências. A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo. Não se faz possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra. A lição do Evangelho é semente viva. O coração humano é receptivo, tanto quanto a terra. É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa. Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do autoexame. Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.
Do Livro: Vinha de Luz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo: Espírito Emmanuel