“Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. ”
(S. Mateus, cap.V,v.7.)
AMIGOS
No Evangelho Segundo Espiritismos encontramos que a misericórdia é o complemento da brandura, por quanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico.
Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas, condições essas, que ainda são grandes desafios para todos nós, uma vez que, no contexto em que estamos inseridos, as alfinetadas mútuas refletem o quanto de desenvolvimento espiritual ainda temos a conquistar.
Dessa forma, lembremos que Ele, o justo por excelência, respondeu a Pedro: perdoarás ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas vezes quantas ela te for feita. Porque perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar às ofensas é mostra-se melhor do que era.
Misericórdia sempre meus amigos, por quanto se formos duros, exigentes, inflexíveis, se usarmos de rigor até por uma ofensa leve, como podemos pedir a Deus misericórdia para as nossas faltas diárias. (Texto adaptado de o ESE capítulo X).
Texto do Evangelho para a semana: Capítulo X – item: 4
Misericórdia Sempre
Conta-se que Jesus, após haver lançado a parábola do Bom Samaritano, entraram os apóstolos no exame da conduta dos personagens da narrativa.
E porque traçassem fulminativas reprovações, em torno de alguns deles, o Cristo prosseguiu no ensinamento para lá do contato público:
– “Em verdade, – acentuou o Mestre, – referindo-nos ao próximo, ante as indagações do doutor da Lei, à frente do povo, a lição de misericórdia tem raízes profundas.
Quem passasse irradiando amor na estrada, onde o viajante generoso testemunhou a solidariedade, encontraria mais amplos motivos para compreender e auxiliar.
Além do homem ferido e arrojado ao pó claramente necessitado de socorro, teria cuidado de apiedar-se do sacerdote e do levita, mergulhados na obsessão do egoísmo e carecentes de compaixão; simpatizar-se-ia com o hoteleiro, endereçando-lhe pensamentos de bondade que o sustentassem no exercício da profissão; compadecer-se-ia dos malfeitores, orando por eles, a fim de que se refizessem, perante as leis da vida, e, tanto quanto possível ampararia a vítima dos ladrões, estendendo igualmente as mãos operosas e amigas ao samaritano da caridade, para que se lhe não esmorecessem as energias na tarefas do bem”.
E diante dos companheiros surpreendidos o Mestre rematou:
_ “Para Deus, todos somos filhos abençoados e eternos, mas enquanto a misericórdia não se nos fixar nos domínios do coração, em verdade não teremos atingido o caminho da paz e o reino do amor”.
Texto extraído do livro: CORAGEM
Espíritos Diversos
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier