Semana de 25 a 31 de março.
“RECONCILIA-TE COM TEU ADVERSÁRIO ENQUANTO ESTÁS A CAMINHO COM ELE. ”
Jesus
AMIGOS
Reconciliação no dicionário está definido como o restabelecimento das boas relações com quem se estava brigado.
Quando Jesus nos recomendou na frase acima a reconciliação com nossos desafetos é porque ele sabia o grande mal que nos faz sentimentos inferiores de ressentimento, inimizade, raiva, rancor…
Sempre que emitimos esse tipo de sentimento, antes de atingir o alvo, essas energias inferiores, malignas percorrem nosso próprio organismo nos trazendo grandes desequilíbrios, físicos, espirituais e emocionais.
Normalmente quando anos depois analisamos algumas desavenças que tivemos, percebemos que o motivo nem era tão importante e que às vezes, nem tínhamos toda a razão que queríamos ter.
Seres imperfeitos erram e se atritam.
A vida precisa ser levada de modo que o coração não viva cheio de mágoas. Estamos em uma escola, não em um campo de batalha.
Os outros são irmãos, companheiros de jornada, embora por vezes pensem e ajam de modo diverso, muito diferente do nosso.
Acima de qualquer coisa, é preciso manter-se digno, fraterno, em paz.
Quando o semelhante erra, deve-se perdoá-lo de coração, sem impor condições humilhantes.
Quando se erra, deve-se arrepender-se, pedir desculpas, reparar e seguir adiante.
Texto do Evangelho – Capítulo X itens 7 e 8
Reconciliação e Perdão
Por – Gilberto L. Tomasi
O perdão incondicional no mundo atual é muito raro, pois, além de não perdoar com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos enormes para perdoar os inimigos.
Nosso orgulho é tão grande que basta alguém cometer um deslize para ficarmos furiosos. Em vez de desculpar a fragilidade moral do agressor e procurar dar lhe apoio para suavizar o remorso pela ofensa, damos o troco.
Ofensa, significa injuria, agravo, ultraje, afronta, lesão, etc. e, ela depende do grau evolutivo tanto do ofendido como do ofensor, lembrando que o ser espiritualizado não dá ouvidos a picuinhas.
Gandhi, no final de sua vida, quando perguntado se perdoava a todos que lhe tinham ofendido, respondeu: não tenho nada que perdoar, pois nunca me senti ofendido. O Evangelho Segundo o Espiritismo nos mostra que para perdoar, é necessário não guardar rancor no coração.
O cristianismo se baseia na experiência do amor entre os homens, como fator de aproximação a Deus. Nesse sentido, a reconciliação ou o perdão mútuo entre os semelhantes, deve ser uma tarefa constante nesta jornada, pois, há quem pense que a morte possa nos livrar dos nossos inimigos. Eles continuam vivos, e sem a vestimenta física, eles têm mais facilidades para o ataque.
Ataque mental, através da interferência em nossos pensamentos, que podem acabar gerando processos obsessivos.
Pietro Ubaldi nos alerta, que quando recebermos a ofensa, temos duas soluções: 1-A solução do mundo, 2-A solução do evangelho.
A solução do mundo fica apenas na superfície do problema, pois nos induz a cometer um mal para reparar um mal recebido, o que gera um círculo vicioso do mal que nunca acaba.
A solução do evangelho, é mais profunda, pois ataca a essência do problema, nunca estimula revidar o mal com outro mal, mas com o bem, ou seja, o perdão das ofensas.
Não esqueçamos, que o ofensor pode estar enfermo, e merecedor da nossa misericórdia, do nosso perdão e, quando ele nos ofende, na verdade está ofendendo a si mesmo, pois nós, apesar da ofensa, continuamos a ser o que somos e não o que ele nos disse.
O perdão beneficia quem perdoa pois ele proporciona: paz espiritual, equilíbrio emocional e, lucidez mental. Não esquecendo que o perdoado é alguém em débito, o que perdoou é espírito em lucro.
Adaptado do texto de Gilberto L. Tomasi
Postado por Joilson J G Mendes (internet)