“Solidariedade é, sobretudo, doação de tesouros espirituais, que não sofrem jamais a destruidora ação do tempo.”
Emmanuel
Amigos do Grupo
Podemos definir solidariedade, conforme consulta em dicionário, como laço ou ligação mútua entre duas ou muitas coisas dependentes uma das outras.
Sendo o Espiritismo a Doutrina da Caridade e do esclarecimento, a solidariedade deve ser a iniciativa que devemos promover para atingirmos o ideal de auxílio ao próximo, utilizando-nos da máxima: “amar ao próximo como a nós mesmos”.
Sentir a dor do próximo, como nossa própria dor, faz com que nos renovemos conceitualmente.
Quando crescemos emocionalmente, sentimos o desejo de ajudar, desse modo, assumimos um compromisso interior, alegrando-nos com a realização das tarefas em conjunto, sem qualquer pretexto para nos envaidecer, nos fazendo valer do lema: “todos por um e um por todos”.
Enquanto nos acharmos solitários, tristes, e frustrados com os anseios que não atingimos, nos fixando no pessimismo, não perceberemos aqueles que desejam se aproximar de nós, perdendo uma excelente oportunidade de nos sentirmos úteis e solidários.
Texto do Evangelho: Capítulo XVI – item 13
CONVITE À SOLIDARIEDADE
“Trata-o, e quanto gastares de mais, na volta eu t’o pagarei.”
(Lucas: 15-35.)
São muitos os necessitados que desfilam aflições, aguardando entendimento e socorro.
Uns estão assinalados rudemente por deformidades visíveis que constituem a cruel recidiva (recaída) de que precisam para aprender conduta e dever.
Outros se encontram sitiados pro limitações coercitivas (repressivas) que funcionam como presídio correcional, a fim de os habilitarem para futura convivência social.
Alguns se apresentam com dificuldades no raciocínio e na lucidez, embora a aparência harmoniosa, como se fossem estetas (pessoas que cultivam a estética) da forma emparedando misérias mentais que os ensinam a valorizar oportunidade e bênção.
Diversos conduzem feridas expostas, abertas em chagas purulentas, com que drenam antigas mazelas e corrigem paixões impressas nos painéis do períspirito, submetido a terapêutica renovadora.
Vários estão estigmatizados a ferro e fogo, padecendo dores morais quase superlativas, em regime de economia de felicidade, exercitando as experiências da esperança.
Um sem número de atados à fome e à discriminação racial sob acicates (estímulos) poderosos, estão treinando humildade para o futuro.
Todos aguardando piedade, ensejo para conjugar os verbos servir e amar.
Há outros, porém, esperando solidariedade.
São os construtores do ideal edificante, os servidores desinteressados, os promotores da alegria pura, os trabalhadores da fraternidade, os governantes honestos, os capitães da indústria forjados no aço da honradez, os pais laboriosos, os mestres e educadores fiéis ao programa do bem… Sim, não apenas os que pagam o pretérito culposo, mas, sobretudo, os que estão levantando o Mundo Novo dos escombros que jazem no chão da Humanidade. Nobre e fácil chorar a dor ao lado de quem sofre.
Felizes, também, os que podem oferecer-se, solidários, aos que servem e amam ao Senhor, não obstante os diversos nomes e caminhos pelos quais se desvelam, operários da Era Melhor do amanhã ditoso.
Solidariedade, também, para com os que obram no Bem.
Do livro: Convites da Vida
De: Joanna de Ângelis
Psicografia: Divaldo Pereira Franco