SEMANA DA VIDA ETERNA

“Nascer, morre, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.”
Allan Kardec
Amigos do Grupo
O verbo finar, com a acepção de acabar, findar, pode aplicar-se ao corpo físico que serve de instrumento para vivenciarmos mais uma existência terrena, mas nunca à alma.
… Tanto finar como desencarnar têm o sentido de morrer. Desencarnar, entretanto, significa deixar a carne, passar para o mundo espiritual, por isso mesmo continuar vivendo e evoluindo a criatura. Só o materialista não pensa assim.
O espírita sabe que o espírito existe antes, durante e depois de cada jornada reencarnatória.
… Recordemos, pois, os entes queridos que vivem a vida incorpórea no mundo invisível, mas façamo-lo com a fé raciocinada que a Doutrina Espírita nos confere e que já tenhamos conseguido alcançar.
Editorial da Revista Internacional de Espiritismo – Novembro de 2000
Texto do Evangelho para a semana:
Capítulo: V – Item: 12 – “ Bem-Aventurados os Aflitos…”
RENASCER E REMORRER
Cap. V – item 12
Usufruímos na Espiritualidade o continente sem limites de onde viemos; no Universo Físico, o mar sem praias em que navegamos de quando em quando, e, na Vida Eterna, o abismo sem fundo em que desfrutamos as magnificências divinas.
No trajeto multimilenário de nossas experiências, aprendemos, entre sucessivos transes de nascimento e desencarnação, a alegria de viver, descobrindo e reconhecendo a necessidade e a compensação do sofrimento, sempre forjado por nossas próprias faltas.
Já renascemos e remorremos milhões de vezes, contraindo e saldando obrigações, assinalando a excelsitude da Providência e o valor inapreciável da humildade, para saber, enfim, que toda revolta humana é absurda e impotente.
Se as lutas do burilamento moral não têm unidade de medida, a ação do amor é infinita na solução de todos os problemas e na medicação de todas as dores.
Tolera com paciência as inevitáveis, mas breves provas de agora, para que te rejubiles depois.
Nos compromissos espirituais, todos encontramos solvibilidade através do esforço próprio. Aproveitemos a benção da dor na amortização dos débitos seculares que nos ferreteiam as almas, perseverando resignadamente no posto de sentinelas do bem, até que o Senhor mande render-nos com a transformação pela morte.
Sempre trazemos dívidas de lágrimas uns para com os outros.
Vive, assim, em paz com todos, principalmente junto aos irmãos com os quais a tua vida se entrecomunica a cada instante, legando, por testamento e fortuna, atos de amor e exemplos de fé, no fortalecimento dos espíritos de amigos e descendentes.
Se há facilidade para remorrer, há dificuldades para renascer. As portas dos cemitérios jamais se fecham; contudo, as portas da reencarnação só se abrem com a senha do mérito haurido nas edificações incessantes da caridade.
As dores iguais criam os ideais semelhantes.
Auxiliemo-nos mutuamente.
O Evangelho – o livro-luz da evolução – é o nosso apoio. Busquemos a Jesus, lembrando-nos de que o lamento maior, o desesperado clamor dos clamores, que poderia ter partido de seus lábios, na potência de mil ecos dolorosos, jamais chegou a existir…
Lins de Vasconcelos
Texto extraído do livro: O Espírito de Verdade
Pelo Espírito: ( Autores Diversos) Lins de Vasconcelos
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira