SEMANA DA VIGILÂNCIA

“Necessário vigiar as entradas do coração e permanecer no posto da prece.”
Joanna de Ângelis
Amigos do Grupo
Vigiar constante e conscientemente, nos ajuda a permanecermos sadios, otimistas, no caminho do bem, no entanto, será que temos sido vigilantes o quanto necessário.
As emoções e os sentimentos inferiores nos desequilibram, dentre eles a raiva que nos descontrola e somatizando o sentimento ruim, podemos adoecer.
A vigilância está no mesmo nível da oração; não adiantam as orações se não tivermos cuidado ou não vigiarmos, um vacilo e os nossos problemas se aprofundam.
Importante é que fiquemos atentos a tudo que falamos, olhamos, ouvimos, fazemos e pensamos. Devemos ter cuidado com a maneira que nos divertirmos e convivemos.
Não basta compreendermos o “vigiai e orai”, é preciso exercitar, colocar a teoria em prática.
Esta medida deve fazer parte de todo ser humano, mas principalmente do trabalhador espírita, para que não sejamos pegos de “surpresa” e possamos viver em paz.
Texto do Evangelho:
Cap. XVIII – item – 5 – Somente o 1º parágrafo.
As Pessoas
Os Encarnados
É claro, pois, que aquele que resolver dedicar-se ao trabalho espírita, precisa convencer-se de que deve estar em permanente vigilância consigo mesmo, com seus pensamentos, com o que diz e faz. Principalmente com os pensamentos. É preciso desenvolver um mecanismo automático interior, que acenda uma luzinha vermelha a qualquer “fuga” ou distração maior. Não quer isto dizer que temos de nos transformar em santos da noite para o dia, mas significa que devemos policiar-nos constantemente. Não vamos deixar de ter as nossas falhas, mas estaremos sempre prontos a adverti-nos interiormente e a reajustar a mente que, com a maior facilidade, pode levar-nos a escorregões de imprevisíveis conseqüências.
Toda atenção é pouca. A vigilância dispara o sinal de alarme: a prece, a defesa e a correção. Ninguém precisa chegar, porém, aos extremos do misticismo, a ponto de viver rezando pelos cantos, de olhos baixos pela rua, temendo o “contágio” com os “pecadores”. Também somos pecadores, no sentido de que todos trazemos feridas não cicatrizadas, de falhas clamorosas, no passado mais distante e no passado recente. Por outro lado, a Providência Divina vale-se precisamente dos imperfeitos para ajudar os mais imperfeitos. Quem poderia alcançar estes, senão aqueles que ainda estão a caminho com eles? A distância entre nós e os que já se redimiram é tão grande, em termos vibratórios – para usar uma palavra mais ou menos aceita – que dificilmente conseguem eles alcançar-nos, para um trabalho direto, junto ao nosso espírito.
Como seres imperfeitos, temos, pois, de viver com o semelhante, também imperfeito. Não há como fugir de ninguém e isolar-se em torres de marfim, mosteiros inacessíveis, grutas perdidas na solidão. Nosso trabalho é aqui mesmo, com o homem, a mulher, o velho, a criança, seres humanos como nós mesmos, com as mesmas angústias, inquietações, mazelas e imperfeições. O que enxerga um pouco mais, ajuda o cego, mas, talvez, este disponha de pernas para caminhar e pode, assim amparar o coxo. E quem sabe se o aleijado dispõe de conhecimento construtivo que possa transmitir ao mudo? Este, um dia, no futuro, voltará a falar, para ensinar e construir. Somos, pois, uma tremenda multidão de estropiados espirituais, e a diferença evolutiva entre nós, aqui na Terra, não é lá grande coisa. Vivemos num universo inteiramente solidário, no qual uns devem suportar e amparar os outros, ou, na linguagem evangélica: amar-nos uns aos outros. Não é difícil. E é necessário. E como!…
Do livro: Diálogo Com as Sombras
De: Hermínio C. Miranda