SEMANA DAS VIRTUDES

Semana de 16 à 22 de abril
“O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim mesmo. Veja que ao final das contas, é tudo entre você e Deus! Nunca foi entre você e os outros.”
Madre Teresa de Calcutá
AMIGOS
No cap. XVII, item 8, do Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos a seguinte frase de Allan Kardec: “A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem.” Ela pode ser entendida como um convite de transformação.
As adversidades da vida são oportunidades de grandes aprendizados, ao escolhermos trilhar o caminho do bem estamos optando a nos tornarmos seres humanos melhores.
Conviver com as diferenças não é fácil, mas ao nos colocarmos no lugar do outro como nos propôs Jesus, ao dizer: “Fazei ao próximo o que gostaria que lhe fizesse”, saberemos fazer as nossas escolhas da forma mais acertada.
Reflitamos sobre a conquista das virtudes; quais os benefícios que teremos?
Cada qual encontrará a sua resposta, pois cada um tem as suas próprias necessidades, conquistas e escolhas. Mas não nos esqueçamos de que cada adversidade é uma oportunidade para evoluirmos e fazer valer essa oportunidade de estar encarnados nesse planeta abençoado que nos acolhe.
Combater o orgulho é tornar-se humilde.
Ser generoso é deixar de ser avarento.
Ser gentil é deixar de ser mal educado.
Ao ser honesto, acabam-se as mentiras.
A disciplina combate a desorganização.
A coragem acaba com a confusão e a covardia.
A benevolência derrota a maldade.
Enfim, cada imperfeição ou defeito vencido é uma virtude alcançada.
A cada conquista nos aproximamos cada vez mais de Jesus nosso irmão e Mestre e de Deus, nosso Pai que é Bom e Justo. Trilhemos o caminho do bem.
Texto do Evangelho para a semana: Capítulo: XVII – Item: 10 – 4 primeiros parágrafos – O homem no Mundo
A VIRTUDE
A virtude, no seu grau mais elevado, abrange o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são as qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, são quase sempre acompanhadas de pequenas falhas morais, que as deslustram e enfraquecem. Aquele que faz alarde de sua virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho. A virtude realmente digna desse nome não gosta de exibir-se. Temos de adivinhá-la, mas ela se esconde na sombra, foge à admiração das multidões. […]
[…] É para essa virtude, assim compreendida e praticada, que eu vos convido, meus filhos. Para essa virtude realmente cristã e verdadeiramente espírita, que eu vos convido a consagrar-vos. Mas afastai de vossos corações o sentimento do orgulho, da vaidade, do amor próprio, que deslustram sempre as mais belas qualidades. Não imiteis esse homem que se apresenta como modelo e se gaba das próprias qualidades, para todos os ouvidos tolerantes. Essa virtude de ostentação esconde, quase sempre, uma infinidade de pequenas torpezas e odiosas fraquezas.
O homem que se exalta a si mesmo, que eleva estátuas à sua própria virtude, em princípio aniquila, por essa única razão, todos os méritos que efetivamente podia ter. E que direi daquele cujo valor se reduz a parecer o que não é? Compreendo perfeitamente que aquele que faz o bem sente uma satisfação íntima, no fundo do coração. Mas desde o momento em que essa satisfação se exterioriza, para provocar elogios, degenera em amor-próprio.
Oh, vós todos, a quem a fé espírita reanimou os seus raios, e que sabeis quanto o homem se encontra longe da perfeição, jamais vos entregueis a essa estultícia! A virtude é uma graça, que desejo para todos os espíritas sinceros, mas com esta advertência: Mais vale menos virtude na modéstia, do que muitas no orgulho. Foi pelo orgulho que as humanidades se perderam sucessivamente. É pela humildade que elas um dia deverão redimir-se.
Adaptado de François-Nicolas- Madeleine. (Paris, 1863.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Capítulo 17 – Item 8. FEB