O que se exaltar será humilhado e o que se humilhar será exaltado.”
Mateus (23-12)
Amigos
Uma das mais belas virtudes do homem é, sem dúvida, a humildade. A pessoa humilde é sempre bem recebida.
A corrida pela glória do mundo obstrui, freqüentemente, os anseios de fraternidade e amor ao próximo. Raros são os que recebem o poder e a fama com humildade.
Seja simples. Nunca se orgulhe de ser o que é, mesmo reconhecendo seus valores. A simplicidade é um dom cativante.
Não se iluda com as glórias do Mundo. Elas mudam de uma mão para outra. Mantenha-se na condição de bom camarada, porque você não sabe a hora em que precisará de mãos amigas que o auxiliem.
Trabalhadores desta Seara, lembrem-se que o nosso Encontro está chegando, vamos participar para cada vez mais nos capacitarmos para o trabalho no bem.
Texto do Evangelho para a Semana: Capítulo VII item 2 – apenas o último parágrafo (Em dizendo que…)
Um abacateiro produziu um fruto grande e bonito que, ao amadurecer, propiciou uma gostosa alimentação.
Esse fruto se desenvolveu, ouvindo elogio das pessoas que paravam embaixo da árvore–mãe, em busca de sombra, e que o admiravam pelo seu tamanho, não faltando pretendentes ao seu caroço, que, certamente, produziria frutos ainda melhores e maiores.
De tanto ouvir comentários elogiosos, o abacate tornou-se orgulhoso, julgando ser seu caroço a mais bela das sementes. Passou a observar todas as demais sementes, de outros frutos, com certo desdém, a ponto de decidir que, quando lançado ao solo e transformado em árvore, somente manteria contato com as fruteiras nobres, que tivessem porte garboso, com muitos galhos, folhas e frutos. Evitaria as plantas pequeninas, que considerava, desde já, como a classe baixa do reino vegetal.
Para a sua surpresa, no entanto, seu proprietário fez seu plantio ao lado de diversas plantas pequenas, de outras plantas que o rodeavam.
O orgulhoso caroço ficou indignado. Julgava-se merecedor de algo especial e não se conformava com aquela situação. Sequer outro abacateiro havia sido cultivado ao seu lado. Resistiu o quanto pôde e passou a se desenvolver lentamente, num ato de protesto contra o seu proprietário.
O tempo foi passando e o dono do abacate não entendia a razão da fruteira não se desenvolver. Tentou de tudo: deu-lhe o melhor adubo, cuidou para que não lhe faltasse água, aproximou galhos de outras plantas para oferecer-lhe sombra… e nada. O abacateiro resistia em progredir.
Tanto resistiu que influenciou o seu proprietário. E este decidiu que limparia todo o campo ao seu redor, para que o abacateiro ficasse livre de eventual competição alimentar com outras plantas, porque poderia estar aí a razão do seu fraco desenvolvimento. Assim fez.
E os resultados surgiram. O orgulhoso abacateiro, senhor único daquela vasta área de terras, passou a se desenvolver numa velocidade espantosa, enchendo de satisfação o seu proprietário. Em poucos dias, novas hastes despontaram e novas folhas cobriram-nas de beleza e esplendor.
Três semanas depois, uma surpresa: amanhece o dia e o nosso orgulhoso abacateiro se apresenta despedaçado!
No silêncio da noite anterior, eis que um inimigo inesperado havia se apresentado: um exército de formigas! Ao buscar as antigas plantas que se acostumaram a atacar não mais as encontrou. Sem outra fonte de manutenção, foi dada a ordem: destruir a única planta existente.
O orgulhoso abacateiro compreendeu a conseqüência desastrosa daquele sentimento que nutria até ali. À proporção que via suas folhas serem consumidas, muito desejou ter de volta a companhia daquelas antigas parceiras, que tanto desprezara, mas que, só agora, compreendia o quanto lhe eram úteis. Deprimido e sem forças para recuperar seu vigor a partir do pouco que lhe restou, foi nosso abacateiro definhando, definhando, até que morreu.
Do livro: Histórias Que Ninguém Contou – Conselhos Que Ninguém Deu
De: Melcíades José de Brito
Colaboração da trabalhadora Josedite Alves de Souza Maekawa