SEMANA DE COMBATER O ORGULHO

Semana de 19 a 25 de abril.
“O orgulho não nos desvia somente do amor de nossos semelhantes, mas também nos estorva todo o aperfeiçoamento…”
León Denis
AMIGOS
Quando contrariados, mesmo que seja por pequenos motivos, nosso amor próprio, que se transforma em egoísmo, se acentua e passamos a ter comportamentos agressivos.
É o orgulho falando mais alto dentro de nós, um mecanismo de defesa, para encobrir os aspectos que não aceitamos em nós.
O orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, por isso o quanto antes esta chaga que nos impede de ir à frente for combatida, melhor será e somente vamos combatê-la, encarando nossas mazelas corajosamente, com fé e esperança, lembrando que temos ajuda dos amigos espirituais constantemente.
Crer em Deus e na vida futura é a primeira condição para moderar o orgulho. Deste mundo só é nosso aquilo que a traça não come e o ladrão não rouba.
Analise a si, não aceite ser “assim mesmo”, por comodismo e nem por ser difícil de mudar. Perceba o momento que estamos vivendo; nós habitantes da Terra, de repente não fomos colocados na mesma condição, sem distinção?
Escolha ser mais feliz daqui por diante. Combata o orgulho e caminhe a passos mais firmes.
Texto do Evangelho para a semana – ESE. Cap. VII – item 11 – SOMENTE O 4º, 5º e 6º PARÁGRAFOS “O ORGULHO É O TERRIVEL… ATÉ …HUMILDADE SÃO TÍTULOS DE NOBREZA.
EGOÍSMO E ORGULHO: CAUSAS, EFEITOS E MEIOS DE DESTRUÍ-LOS
(…) Faz gosto ver proclamar o reino da fraternidade; mas de que serve se vai de par com uma cauda de destruição? É construir na areia; é o mesmo que procurar um país insalubre para restabelecer a saúde. Para ali, se quiserem garantir habitantes, não basta enviar médicos, que morrerão como outros; é preciso mandar os meios de estudar as causas de insalubridade.
Se quiserdes que os homens vivam como irmãos, na Terra, não basta dar-lhes lições de moral; é preciso destruir a causa do antagonismo existente e atacar a origem do mal: o orgulho e o egoísmo. É aquela a chaga que deve merecer toda a atenção daqueles que desejam seriamente o bem da humanidade. (…)
Destruir o egoísmo e o orgulho é impossível, direis, por que esses vícios são inerentes à espécie humana. Se assim fosse, impossível seria o progresso moral passo que, quando considerarmos o homem em diversas épocas, reconhecemos à evidência um progresso incontestável; logo, se temos sempre progredido, em progresso continuaremos. (…)
Identifique-se o homem com a vida futura e a sua perspectiva mudará inteiramente, como acontece a quem sabe que pouco tempo deve estar em ruim pouso e que dele saindo alcançará um excelente para o resto da vida. A importância da presente vida, tão triste, tão curta e efêmera, desaparece diante do esplendor da vida futura infinita, que se abre à frente. A consequência natural e lógica desta certeza é o sacrifício voluntário do presente fugitivo a um futuro sem fim, ao passo que antes tudo era sacrificado ao presente.
Desde que a vida futura se torna o fim, que importa gozar mais ou menos nesta? Os interesses mundanos são acessórios, em vez de principais. Trabalha-se no presente, a fim de assegurar-se uma boa posição no futuro, sabendo quais as condições para alcançá-la.
A causa do orgulho está na crença, que o homem tem, da sua superioridade individual, e aqui se faz ainda sentir a influência da concentração do pensamento nas coisas da vida terrestre. O sentimento de personalidade arrasta o homem que nada vê diante de si, atrás de si ou acima de si; então o seu orgulho não conhece medidas. A incredulidade, além de não ter meio para combater o orgulho, estimula-o e dá-lhe razão, pelo fato de negar a existência de poder superior ao da humanidade. (…)
Sob o império dessas ideias, que serão mandamentos de fé racional para todos, o progresso, limpando a estrada de egoísmo e orgulho, penetrará nas instituições que se reformarão a si mesmas, e a humanidade caminhará rapidamente para os destinos que lhe são prometidos na Terra, enquanto não chega a hora de alcançar o céu.
Do Livro: Obras Póstumas
De: Allan Kardec