Semana de 20 à 26 de agosto.
“Desde a primeira hora da Doutrina Espírita recomendam os Emissários da Esfera Superior, uma reforma urgente, inadiável, intransferível: a reforma de cada um de nós, nas bases traçadas pelo Evangelho de Jesus.”
André Luiz
AMIGOS
Nesta semana onde somos convidados a refletir sobre nossa dedicação à Doutrina Espírita, façamos também uma avaliação sobre nossa dedicação à Casa Espírita e ao Trabalho Espírita em que nos situamos, buscando avaliar como tem sido nosso compromisso e dedicação ao trabalho que abraçamos.
Recebemos todos os dias inúmeros benefícios desta casa maravilhosa, que completa mais um ano de existência e assistência aos necessitados e dentre esses necessitados estamos nós, seus trabalhadores.
Que Jesus nosso mestre e guia, juntamente com a equipe espiritual da Casa, possam orientar nossa jornada, fortalecendo e sedimentando, entre nós, a harmonia e o espírito de trabalho conjunto, através da convivência fraterna, da vivência da humildade, do devotamento, do bom ânimo, da responsabilidade e do respeito pela grandiosa oportunidade de trabalho e aprendizado que nos é oferecida.
Obrigado Obreiros do Bem, por nos acolher tão amorosamente em seu seio.
Parabéns pelos seus 77 anos de amor, compromisso, amparo e orientação a todos nós.
Texto do Evangelho para a semana: Capitulo VI (O Advento do Espírito da Verdade) – Item 05
O trabalho espírita em equipe
Ante as inúmeras atribuições do trabalho da Casa Espírita, o servidor é convocado pela divina providência a contribuir com sua parcela de serviço, dedicação e sacrifício.
É fácil integrar-se a um grupo como simples coadjuvante no processo de formação numérica de uma organização.
É fácil integrar-se a um agrupamento ou coletividade, mantendo-se à margem das ações e das necessidades que ali existem.
O trabalhador espírita não se contenta em ser mero espectador ante as atividades voltadas para a edificação do ser humano. Sabe, de antemão, que a sua transformação no bem, necessária em sua escalada evolutiva, exige esforço, suor e lágrimas, no âmbito de atuação no meio onde foi chamado a servir.
O esforço de trabalho em equipe delineia-se no horizonte da vida como proposta que fundamenta a melhoria individual e coletiva.
A união de pessoas não se concretiza sem o burilamento dos sentimentos e o uso, bem direcionado, da razão.
Para tanto, é preciso desenvolver a humanidade, sabendo que ainda não somos seres superiores e que à nossa retaguarda há um passado de equívocos que sempre influencia o presente.
Assim, em qualquer programa de melhoria de pessoas é preciso considerar as finalidades da obra a que se dedica, mantendo a união em torno dos ideais que alimentam o processo, bem como reconhecer que cada criatura, na posição em que se encontra, é um universo em si mesma, no qual as aspirações nobres nem sempre resultam em ações concretas de ordem elevada. Entre o querer e o realizar há distância significativa, que mede a capacidade de realização de cada um.
O espírito de equipe deve nortear todo propósito que conduz o ser ao seu aperfeiçoamento espiritual, pois ninguém cresce no isolamento. A gregariedade da natureza indica que precisamos uns dos outros, hoje e sempre.
As lideranças positivas se constroem no dia a dia, e os verdadeiros líderes desenvolvem a habilidade de congregar, de juntar, administrando com gentileza e serenidade conflitos, deserções, intrigas.
Compreendem que a equipe, em qualquer situação, é força poderosa capaz de realizar prodígios.
Lembramos, sobretudo, que o apoio mútuo é força indestrutível. Vemos, então, que o personalismo, isto é, a ação individual e isolada nem sempre se revela produtiva para o conjunto, pois há Espíritos que se mantêm em faixas de vibração que ocasionam, pelas sintonias daí originadas, graves desequilíbrios no seio de uma comunidade.
É válido, pois, manter-nos atentos às imperfeições que ainda trazemos no íntimo do ser, cuidando para que elas sejam educadas, modificadas por meio do trabalho incessante no bem.
A causa espírita é de valor inestimável para todos nós, desencarnados e encarnados, que aceitamos as suas diretrizes como roteiro de ascensão espiritual. Nunca é demais observar que cada um, no posto de trabalho e de responsabilidade em que se encontra, deve envidar esforços para a união e a harmonia do todo. O espírita esclarecido, iluminado pelas sublimes orientações da mensagem cristã, se vê, sempre e sob quaisquer condições, como servo.
No relacionamento interpessoal é necessário, pois, fornecer a sua cota de serviço, contendo os impulsos egoístas e moderando as expressões das palavras, a fim de que estas não se transformem em elementos corrosivos.
Finalmente, importa destacar lembrando a já conhecida imagem do maestro e da orquestra, quando se pensa no trabalho em equipe: a harmonia dos músicos guarda sintonia com a eficiência e a ação de quem dirige.
Entretanto, o maestro, para manter a beleza e a harmonia, vira as costas ao público que observa e acompanha.
Paz em nome de Jesus.
Frederico Fígner (Irmão Jacó)
(Mensagem psicográfica recebida por Marta Antunes de Moura, na FEB-DF, em 17.05.2012, e publicada em “Reformador” de AGO/2012.)