SEMANA DE DOAR-SE

Semana de 26/03 à 01/04
“Acolhe os necessitados, no clima da própria alma e dá-lhes do que puderes em fraternidade e ternura para que se restaurem.”
Emmanuel
AMIGOS
Feliz aquele que se doa em prol do próximo. Toda doação é uma semente que germina no futuro.
Alguns dizem que não possuem nada para doar, mas o que você faz com seu tempo? Com as aptidões que já desenvolveu? Não pode dar um sorriso ou um abraço? E atenção para alguém? Escutar o que o outro tem para falar? Como pode perceber, temos muito a ofertar.
Não deixe que ninguém se afaste de você sem que leve um pouco de otimismo ou de paz.
Madre Teresa de Calcutá que foi um exemplo de doação ao outro, nos diz que se não podemos alimentar trezentas pessoas que alimentemos simplesmente uma. Este ensinamento não serve somente para o lado material da caridade, mas para a caridade moral também, não iremos consertar o mundo, mas se ajudarmos uma só pessoa a entender o que veio fazer neste mundo e ela nos ouvir, refletir e se modificar, já podemos nos sentir felizes.
“Doemos, pois, o pão da esperança, da alegria e do bom ânimo para todos os que encontrarmos em nosso caminho, desesperançados, tristes e acabrunhados.”
Texto do Evangelho – Capítulo XIII – Item 16
Auto doação
Aprende a doar-te, se desejas atingir a prática legítima do Evangelho. Pregador que se alça à tribuna dourada, derramando conceitos brilhantes, mas não se gasta nos labores que propõe é apenas máquina de falar, inconsciente e inconsequente.
O verdadeiro aprendiz da Boa Nova está sempre a postos.
Se convidado a dar algo, abre a bolsa humilde, e, recordando-se da parábola da viúva pobre, oferta o seu óbulo sem constrangimento.
Se chamado a dar-se, empenha-se no trabalho, gastando-se em amor, consumindo as energias recordando o Mestre na carpintaria nobre.
Há muita gente nas fileiras do Cristianismo que ensina com facilidade, utilizando linguagem escorreita, falando ou escrevendo, mas logo que é convocada a dar ou doar-se recua apressadamente ferida no amor próprio.
Prefere as posições superiores de mando, distante das honrosas situações do serviço.
Pode ser comparada a parasitas em alta posição na árvore de que se nutrem, inúteis.
Em comezinhos exemplos, encontrarás, no quotidiano, o ajudar – gastando-se.
A pedra que afia a lâmina, consome-se no mister.
A grafite que escreve, desaparece enquanto registra.
O sabão que higieniza, dissolve-se, atendendo ao objetivo.
Em razão disso, não receies sofrer nas tarefas a que te propões.
São os maus que te necessitam. Os enfermos te aguardam e os infelizes confiam em ti.
Pede a ti mesmo, algo por ele, e embora o teu verbo não tenha calor nem a tua pena seja portadora da fraseologia retumbante, haverá sempre muita beleza em teus atos e muita bondade em teus gestos quando dirigidos àqueles para quem, afinal, a Boa Nova está no mundo, recordando que Jesus, após cada pregação sublime, dava-se a si mesmo para a felicidade geral.
A estes oferecia a palavra de alento e paz.
Àqueles ministrava, compassivo, lições de vida e gestos de amor.
A uns abria os olhos fechados ou os ouvidos moucos.
A outros lavava as mazelas em forma de pústulas ou recuperava a paz, afastando os Espíritos infelizes.
E a todos se doava, sem cessar, cantando a Boa Nova e vivendo-a entre os sofredores até a Cruz, que transformou em ponte de luz na direção da Vida Imperecível.
Do livro: Espírito e Vida
De: Joanna de Ângelis
Psicografia de: Divaldo Pereira Franco