FEVEREIRO MÊS DE JESUS
“Há muito nos conhecemos e não deixaria que passasses por tão árdua expiação sem estar ao teu lado por todo tempo necessário. Podes me chamar de Jesus”.
In livro Mulheres Fascinantes de Léon Tolstoi
Amigos do Grupo
Em todos os tempos de nossa evolução, temos percebido a presença de luminares a nos mostrar caminhos, em especial do próprio organizador planetário, Jesus.
Percebê-Lo como nós, entendê-Lo como homem, foi relativamente simples, porém, senti-Lo em nós, vivenciá-Lo nas suas máximas, tem sido nosso maior desafio evolutivo.
O Mestre Jesus vestiu-se de nossa aparência, sujeitou-se às nossas incompreensões, pelo verdadeiro amor, sublimado, a um nível que somente Ele, o administrador e condutor deste planeta poderia mostrar.
Já caminhamos bastante, aprendemos e apreendemos muito e nosso raciocínio está pronto para entendê-Lo e apresentá-Lo um pouco mais em nossa conduta e em nossas relações de vida.
Dando continuidade a essa caminhada, busquemos expandir essa Luz que veio até nós, procurando vivenciá-Lo em nossas atitudes de amor e respeito ao nosso próximo.
Texto do Evangelho para a semana:
Capítulo: – 01 – Item: 03
Alexandre, o Feiticeiro
Nós conhecemos esse homem pessoalmente!
Adorávamos andar pela praia, bem cedinho, recolhendo o que a maré lançara durante a noite às alvas areias: conchinhas, peixinhos ainda vivos que devolvíamos ao mar, pedrinhas e, de vez em quando, objetos, alguns bem interessantes. Naquele dia, as areias estavam coalhadas de gentes, vindas de muitos pontos alguns distantes. Quantos doentes, quantas deformidades, quantas criancinhas desnutridas ao colo de suas esquálidas e entristecidas mães!
Os barcos voltavam da pesca. Em um deles, um homem destacava-se. De altaneiro porte, estava à frente de uma das embarcações e o sol incidia em cheio sobre Ele; os olhos eram claros, incomuns entre os de sua raça; os cabelos, cor de mel, daquele tom incrível que adquire quando o escorremos do pote, como se absorvesse a luz e a refletisse; o sorriso era doce e ao mesmo tempo enérgico e parecia dirigir-se a cada um dos presentes em especial, retirando-nos do anonimato; as mãos fortes e bronzeadas não tinham a rudeza daquelas que trabalham braçalmente; os dentes, alvos e perfeitos, entremostravam-se através da barba bem cuidada e à moda nazarena. Era belo, muito belo, e, à sua visão, nossos coraçõezinhos dispararam. Ele não esperou que o barco ancorasse nas areias, descendo antes, os pés descalços mergulhados nas espumantes ondas, caminhando de encontro à multidão subitamente silenciosa e expectante. Na minha visão infantil e acostumada às crenças religiosas romanas, acreditei fosse um deus!
Jesus, assim o chamava. Subiu em uma formação rochosa e de lá sua voz dominou a praia, milagrosamente amplificada. Contava histórias, lindas, singulares, cujo alcance, então, eu restringia ao meu entender de criança. Muitos choravam, pois Ele penetrava o recôndito de suas almas em sofrimento, levando-lhes consolo e esperança, dissipando a ignorância, mal maior da Humanidade. Quando calou, misturou-se à turba, acolhendo os enfermos, curando-os com o toque de suas formosas mãos.
Voltamos ao mesmo lugar nos dias seguintes, encontrando-o sempre. Andava também pela cidade… As crianças cercavam-no e Ele recebia todas com carinho, tocando-as com as mãos que realizavam milagres de amor!
-“Deixai vir a mim as criancinhas…”
Naqueles momentos inesquecíveis, não tínhamos a noção do que estávamos aprendendo e de sua importância para nossos espíritos imortais e muito menos do quanto nossas memórias infantis estavam retendo. O futuro forneceria a comprovação das mudanças que tal encontro ocasionaria.
Do livro: Homens Notáveis
Pelo Espírito: Léon Tolstoi
Psicografia de: Cirinéia Iolanda Maffei