“Entre aqueles que se amam, a morte aparece em vão, pode plantar a saudade, mas nunca a separação”
Meimei
Amigos
Quando chega perto da data de finados as famílias tendem a aumentar o grau de saudades dos seus parentes queridos que já se ENCONTRAM NO PLANO ESPIRITUAL.
Choram por eles como se nunca mais fossem ter contato, usam a palavra “perda” como se realmente os tivessem perdidos.
Perder entes queridos é uma crença que não existe no espiritismo, uma vez que como Espíritos imortais que somos todos nós, sabemos que aqueles que passaram pelo processo da morte continuam a viver no outro plano, o espiritual. Deste modo saibamos que não perdemos ninguém. Estamos temporariamente separados, eles vivendo na espiritualidade e nós no plano físico.
Quando Jesus nos prometeu que nos enviaria outro consolador, a fim de que ficasse eternamente conosco, não sabíamos ser “este”, uma doutrina, mas hoje entendemos que o espiritismo com SEUS ENSINAMENTOS nos consola em todas as situações, principalmente matando a morte, pois se somos imortais ela só TRANSFORMA o corpo FÍSICO.
Nossos amados que já partiram nos aguardam para o grande reencontro, pois nem o Espírito nem o amor que sentimos acabam com a morte.
Texto do Evangelho – Capítulo V item 22
Partida e Chegada
Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.
O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: “já se foi”. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.
Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: “já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: “lá vem o veleiro”!!!
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”.
Terá sumido? Evaporado? Não, certamente.
Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu.
Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.
Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: “já se foi”, no mais além, outro alguém dirá feliz: “já está chegando”. Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.
Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajantes da imortalidade que somos todos nós.
Livro: Quem tem medo da morte.
De: Richard Simonetti