SEMANA DO CONHECER A SI MESMO

“Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? – Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
L.E. – 919
Amigos do Grupo
Mais uma vez um ciclo quadrissemanal se encerra cujos temas nos chama à reflexão sobre o nosso proceder para conosco e para com todos os irmãos que nos cercam. De antemão sabemos que somos os artífices do nosso próprio destino. Dessa forma temos o poder de mudar nossa trajetória para encontramos o caminho do bem.
Observemos que a ansiedade, o orgulho, o egoísmo e o desânimo são algemas que carregamos em nossa alma, não tendo nosso corpo somático nenhuma participação ativa nesses sentimentos. Então o tratamento para libertação tem que ser na alma. Os nossos pensamentos, nossas tendências, nossos valores, nossos desejos, muito se repetem, ou seja, já estão enraizados de tal forma que aceitamos como absolutamente certos. Sendo assim, todas as vezes que alguém ou algo se apresente contrário a esse conjunto psíquico cristalizado, desencadeamos mecanismos de combate e conseqüentemente os conflitos internos e externos se instalam.
A jornada do Autoconhecimento começa pela auto-reflexão desse conjunto cristalizado em nós. É nesse momento que os ensinamentos de Jesus a luz da razão, baliza o caminho seguro, sem eles a tendência de nos favorecermos seria inevitável. Lembremos, resumidamente, da instrução de Santo Agostinho: Ao fim de cada dia interrogue a consciência, pergunte se não faltara a algum dever, se ninguém tem motivos para se queixar de ti, e rogue a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclareça, assim adquiriras grande força para se aperfeiçoar.
Texto do Evangelho para a semana: O maior mandamento.
Capitulo: XI – Item 04
NO BOM COMBATE
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” – Paulo.
(II TIMÓTEO, 4:7.)
Nas lides da evolução, há combate e bom combate.
No combate, visamos aos inimigos externos. Brandimos armas, inventamos ardis, usamos astúcias, criamos estratégias e, por vezes, saboreamos a derrota de nossos adversários, entre alegrias falsas, ignorando que estamos dilapidando a nós mesmos.
No bom combate, dispomo-nos a lutar contra nós próprios, assestando baterias de vigilância em oposição aos sentimentos e qualidades inferiores que nos deprimem a alma.
O combate chumba-nos o coração à crosta da Terra, em aflitivos processos de reajustes, na lei de causa e efeito.
O bom combate liberta-nos o espírito para a ascensão aos planos superiores.
Paulo de Tarso, escrevendo a Timóteo, nos últimos dias da experiência terrestre, forneceu-nos preciosa definição nesse sentido. Ele, que andara em combate até o encontro pessoal com o Cristo, passou a viver no bom combate, desde a hora da entrevista com o Mestre. Até o caminho de Damasco, estivera em função de louros mundanos, ávido de dominações transitórias, mas, desde o instante em que Ananias o recolheu enceguecido e transtornado, entrou em subalternidade dolorosa. Incompreendido, desprezado, apedrejado, perseguido, encarcerado várias vezes, abatido e doente, jamais deixou de servir à causa do bem que abraçara com Jesus, olvidando males e achaques, constrangimentos e insultos. Ao término, porém, da carreira de semeador da verdade, o ex-conselheiro do Sinédrio, aparentemente arrasado e vencido, saiu da Terra na condição de verdadeiro triunfador.
Do livro: Palavras de vida eterna
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia de: Francisco Candido Xavier em tal ou tal