SEMANA DO CRISTIANISMO

Semana de 15 a 21 de dezembro.
“E, ainda hoje, Ele, Jesus, o Cristo aguarda a decisão de cada um de nós, de
segui-lo, tomar do Seu fardo que é leve e do Seu jugo que é suave.”
Momento Espírita
AMIGOS
​Quando Jesus chegou toda sua família rendia graças ao judaísmo.
Ele já houvera sido cantado por inúmeros profetas de Seu povo, que O designavam como o Messias, o Salvador. As expectativas em torno do Messias eram inúmeras, porém, todas de caráter temporal e passageiro, vinculadas às coisas do mundo.
Ele chegou, anunciando que Seu reino não era deste mundo. Embora não negando Sua realeza, desprezava os tesouros do mundo, alertando que esses a ferrugem corrói, a traça come e os ladrões roubam.
Era capaz de explicar as coisas de Deus ao Doutor da Lei que O interpelava, assim como aos simples pescadores que O escutavam.
Afirmava ser a Luz do mundo, mas evitava o brilho vazio das coisas do mundo. Com a mesma naturalidade que travava reflexões profundas com sábios e estudiosos, falava à multidão iletrada e ignorante.
Em uma didática perfeita, soube utilizar das coisas do cotidiano, como o grão de mostarda, a pedra do moinho, a figueira seca, para explicar profundos conceitos de vida.
Analisava as leis do Seu povo não com os olhos, que veem as letras, mas com o coração, que enxerga a alma, dando novo alento às dores e às provações da vida.
Foi então a partir Dele que nasceu o Cristianismo, doutrina que nos ensina com simplicidade e justiça a fazer aos outros o que queremos que nos seja feito como ele nos exemplificou.
Texto do Evangelho – Capítulo I – item 3 – O Cristo
BASTA POUCO
“Disse-lhe Judas: Senhor, donde vem que te hás de manifestar a nós e não ao mundo?” — (JOÃO, capítulo 14, versículo 22.)
​ Um dos fatos mais surpreendentes do Cristianismo é a posição escolhida pelo Salvador, a fim de anunciar as verdades eternas.
​Não aparece Jesus em decretos sensacionais, em troféus revolucionários ou em situações de domínio.
​ Chega em paz à manjedoura simples, exemplifica o trabalho, conversa com alguns homens obscuros de uma aldeola singela e, só com isso, prepara a transformação da Humanidade inteira.
​ Para o mundo inferior, todavia, a pergunta de Tadeu ainda é de plena atualidade.
​ As criaturas vulgares só entendem os que se impõem aos demais, ainda que, para isso, sejam compelidas a ouvir sentenças tirânicas, proferidas em tribunas sanguinolentas; apenas compreendem espetáculos que ferem a visão e gestos teatrais dos que dominam por um dia para sofrerem amanhã o mesmo processo transformador imposto ao mundo transitório ao qual se dirigem.
​Jesus, todavia, falou à alma imortal. Por esse motivo, suas revelações nunca morrem.
​ Além disso provou não ser necessária a evidência social ou econômica para o serviço de utilidade a Deus, demonstrando, ainda, não ser para isso indispensável a cidade com as arregimentações e recursos faustosos. Bastarão os princípios edificantes e simples, uma aldeota sem nome e alguns poucos amigos.
​O portador da boa-vontade sabe que foi esse o material com que o Cristo iniciou a remodelação da vida terrestre.
Do livro: Caminho, Verdade e Vida
Autor Espiritual Emmanuel
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier