SEMANA DO DESAPEGO

“Após breve reflexão, Jesus acrescenta: -Tende o cuidado de preservar-vos de toda avareza, porquanto, seja qual for a abundância em que o homem se encontre, sua vida não depende dos bens que possui.” Joanna de Ângelis
Amigos do Grupo
Quase todo o sofrimento humano decorre do apego que mantemos pelas pessoas, objetos ou fatos que marcam a nossa vida.
Sabemos que tudo tem um fim, mas vivemos como se tudo fosse durar pela eternidade, por isso ainda nos espantamos com a morte, nos deprimimos com as frustrações, sofremos com as traições, quase morremos com os rompimentos de relacionamentos. Para nós ainda não é fácil aceitar as mudanças, a IMPERMANÊNCIA da matéria.
Devemos deixar a vida fluir abrindo espaço para o novo ou desapegando-nos do que vai acabar, deixando, com isso, a vida mais leve.
Podemos começar com gestos simples, como:
– Doando roupas que guardamos e não usamos mais; livros que já não lemos há anos e não vamos ler tão cedo, “coisas”, objetos que já não tem serventia para nós.
Joanna de Angelis, no livro Lampadário Espírita, nos diz: “Desapego é, também, medida de refazimento do caminho percorrido.”
Desapeguemo-nos!!!
Texto do Evangelho para a Semana:
Cap.: XVI – Itens 9 e 10 – “A VERDADEIRA PROPRIEDADE”
Este Projeto é uma contribuição de um trabalhador da Casa.
Balanço cristão
Que tal realizar um balanço em sua vida? Pense há quanto tempo você ouviu o chamado do Cristo, isto é, há quanto tempo você se afirma cristão.
Depois, dê uma olhada a sua volta, em sua própria casa. O que você vê?
As estantes estão abarrotadas de vozes caladas, livros que a traça devora. Estão ali, parados há tanto tempo que a poeira já se acumula e umas pequeninas teias de aranha aparecem entre uns e outros, só para lhe dar trabalho com a limpeza.
Os armários estão entupidos de roupas fora da moda e que você acha que um dia voltarão a ser usadas. As caixas se empilham, guardando botas, sapatos, sandálias que não servem mais em seus pés.
Em baús ou armários bem altos estão os agasalhos abandonados, entregues ao apodrecimento. Os móveis estão cheios de coleções de tantas coisas que você guarda, há tanto tempo que nem se recorda.
As farmácias improvisadas estão cheias de medicamentos que aguardam as suas enfermidades, enquanto o prazo de validade expira.
Estantes, armários, baús, caixas, pacotes cobertos de pó, mofo, bolor. Comida de traça, esconderijo para pequenos animaizinhos.
Tanta coisa parada, sem uso. E tantos a padecer carências. Por isso, dê uma mexida nas estantes. Passe adiante os livros que você não vai ler. Examine o conteúdo e torne-os mensagens de vida.
Distribua as roupas usadas, enquanto ainda estão boas, para os que se encontram desnudos, na miséria. Selecione os calçados, botas e sandálias. Retifique as solas gastas, providencie uma cola aqui, uma costura ali e oferte a quem anda descalço.
Imagine quantas crianças terão os seus pezinhos protegidos dos cacos de vidro, das pedras pontiagudas. Quantos pés cansados, não terão mais que suportar o calor das pedras ou do frio da terra úmida.
Conduza os remédios que estão nas prateleiras, esperando que você um dia adoeça, para postos de saúde, hospitais, clínicas comunitárias.
Não espere a doença visitar seu corpo. Socorra as criaturas doentes nos bairros pobres, nas estradas esquecidas. Sacuda a poeira. Limpe o bolor. Afugente as traças.
Conserve o que tem em movimento. Tudo o mais, distribua, demonstrando que você é senhor e não escravo de coisa alguma.
(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 44 e 45, do livro Legado kardequiano, do Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.)