SEMANA DO DESAPEGO

“Desapegar-se, é renovar votos de esperança de si mesmo. É dar-se uma nova oportunidade de construir uma nova história melhor.”
Fernando Pessoa
AMIGOS
Somos almas ainda muito apegadas às pessoas, situações, à matéria e emoções, sentindo grande dificuldade em deixar ir o velho, o desnecessário e até mesmo quem tem que ir, para continuar seu caminho evolutivo longe de nós, aqui ou em outro plano.
O apego é uma forma de dependência emocional e acaba sempre levando ao sofrimento. Apego aos filhos, a profissão, a alguma situação de vida, a um relacionamento, a resolução de algum problema… Quanto maior o apego, maior a ansiedade gerada.
O apego é limitante, pois faz com que se focalize excessiva atenção e energia no objeto apreciado, distorcendo a visão da realidade, impedindo uma perspectiva mais ampla da vida. Essa atitude traz, inevitavelmente, insegurança e dor, frutos do medo de perder o que é desejado.
Desapegar-se é estar cada vez mais próximo de si mesmo, de Deus e da felicidade, buscando e criando situações e atitudes positivas de confiança, equilíbrio e paz interior.
Embora saibamos da grande dificuldade a vencer, busquemos nos desapegar, desenvolvendo a consciência de que tudo na vida é passageiro, tudo é empréstimo divino para o nosso aprimoramento e evolução.
Texto do Evangelho para a semana:
Capitulo: XVI – Item – 14 – 1º, 2º, 3º e 4º parágrafos – “Desprendimento dos bens terrenos”
EXCESSO
Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?”
JESUS (Marcos, 8:36)
Enquanto a criatura permanecer no corpo terrestre, é natural que se preocupe com o problema da própria manutenção.
Vigilância não exclui previdência.
Mas não podemos olvidar (esquecer) que o apego ao supérfluo será sempre introdução à loucura.
Tudo aquilo que o homem ajunta abusivamente, no campo exterior, é motivo para aflição ou inutilidade.
Patrimônios físicos sem proveito, isca de sombra atraindo inveja e discórdia.
Alimentos guardados, valores a caminho da podridão.
Roupa em desuso, asilo de traças.
Demasiados recursos amoedados, tentações para os descendentes.
Todo excesso é parede mental isolando aqueles que o criam, em cárceres de orgulho, egoísmo, vaidade e mentira.
Observa, assim, o material que amontoas.
Tudo o que está fora de ti representa caminho em que transitas.
Agarrar-se, pois, ao efêmero é prender-se à ilusão.
Mas todos os bens espirituais que ajuntares em ti mesmo, como sejam virtude e educação, constituem valores inalienáveis a brilharem contigo, aqui ou em outro lugar, em sublimação para a vida eterna.
Do livro: Palavras de Vida Eterna
Pelo Espirito: Emmanuel
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier

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