SEMANA DO DESPRENDIMENTO

Semana de 18 à 24/09
“Às vezes não possuímos grandes bens materiais, mas somos miseráveis, pois nos especializamos em reclamar e valorizar o que nos falta e não nos alegrar pelo que temos e somos. A sensibilidade depende de nossa visão e postura de vida.”
Augusto Cury
AMIGOS
No dicionário a palavra Desprendimento significa: Ato ou efeito de desprender. Atitude de quem é abnegado (desinteressado); desapego.
Nos dias atuais não é raro encontrarmos pessoas com essa característica, a de ser apegada (o) a algo ou alguém.
O espiritismo nos alerta que devemos enxergar o “desprendimento” como algo muito maior do que apenas apego material. Podemos entender que também existe o apego emocional, aquele que desperta sentimentos muito intensos e difíceis de eliminarmos, como por exemplo: a vaidade, o orgulho, a avareza, a inveja, o ciúme entre tantos outros.
Não devemos deixar de trabalhar para buscar o nosso sustento. Não é errado querermos o que é de melhor para o conforto nosso e dos nossos entes queridos.
O que devemos refletir é sobre “a forma que estamos buscando”, “os meios que estamos utilizando” para as conquistas que almejamos.
Seja para alcançar um cargo que possibilitará a compra de um carro novo ou uma casa melhor (ganância, ostentação); nos “cuidados” exagerados com o corpo (vaidade, soberba); no auxilio que podemos dar e fechamos os olhos (egoísmo, indiferença); A forma que tratamos o outro, como se fosse propriedade nossa (posse, humilhação) e muito mais.
Reflitamos sobre o desprendimento para que libertemos, a nós e ao nosso próximo, de todas as amarras que impedem de nos aproximarmos cada vez mais de Deus.
Texto do Evangelho para a semana: Capítulo: XVI – Item: 12 – Emprego da riqueza
DESPRENDIMENTO
Fácil é desprender-se alguém da moeda que sobra, em favor do vizinho necessitado, mas é muito difícil projetar, a benefício dos outros, o sorriso de estímulo e o abraço da fraternidade que ajuda efetivamente.
Fácil é dar, de acordo com a nossa vontade e modo de ver ou sentir, mas é sempre difícil auxiliar o companheiro de jornada humana, segundo os projetos e aspirações que ele nos apresenta.
Fácil é desligar o coração de objetos e bens, no enriquecimento de quantos sejam simpáticos aos nossos caprichos individuais, mas é muito difícil ceder em favor daqueles que não nos acompanham as opiniões.
Fácil é transmitir o que nos custou esforço algum, entretanto, é difícil espalhar o que supomos conquista nossa.
Fácil é sacrificarmo-nos pela melhoria dos nossos amigos e familiares, no entanto, é sempre difícil a renunciação em auxílio dos que não oram pela cartilha de nossas devoções pessoais.
Fácil é libertar a palavra que ensina, mas é muito difícil desenvolver a ação que realiza.
Incontestavelmente, grande amor à Humanidade demonstra o aprendiz do Evangelho que distribui o pão e o remédio, o socorro e o ensinamento, a esmola e o auxílio, nas linhas materiais da vida; contudo, enquanto não aprendermos a dar de nosso suor, do nosso ponto de vista, do nosso concurso individual, do nosso sangue, do nosso tempo e de nosso coração, em favor de Todos, não ingressaremos, realmente, no grande Templo da Humanidade, onde receberemos edificados e felizes, o título de Companheiros e Discípulos de Jesus.
Do Livro: FAMÍLIA
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier