SEMANA DO NATAL

Semana de 25 a 31/12
“Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-Te os exemplos!”
Emmanuel
AMIGOS
Allan Kardec pergunta na questão 625 do livro dos espíritos, aos Amigos da Espiritualidade: Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?” E a resposta é muito direta: Jesus.
“Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens”. Este louvor celeste, sintetiza o ensinamento de Jesus, que podemos aplicar principalmente nesta época em que os corações estão mais voltados para
a fraternidade.
Paz na Terra, traduzindo a fraternidade que nos compete usar, a cada dia, no trato com todas as criaturas.
Boa Vontade para com os homens, definindo as nossas obrigações cristãs no serviço do bem, uns à frente dos outros, no grande roteiro da Humanidade.
O Natal exprime renovação da alma e do mundo, com bases no amor, na solidariedade e no trabalho.
Natal é a mensagem festiva derramando bênçãos de consolo e amparo, dando a certeza que poderemos habitar um mundo melhor, desde que estejamos com Jesus em nossos corações, fazendo ao próximo o que gostaríamos que fosse feito a nós.
Texto do Evangelho para esta semana: Capítulo VI – Item 6
LOUVOR DO NATAL
Senhor Jesus!
Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.
Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura com que lhes fulgia as vitórias, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.
Levantaram-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.
Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.
Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta, por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.
Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.
Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime…
Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.
No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mãos fatigadas a quem te dirigiste na via pública!
A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “o cego Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, a “mulher Cananéia”, “o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”.
Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, com bênção de todos.
É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece: – Salve, Cristo! Os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!…
EMMANUEL
Livro – ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos