SEMANA DO VIGIAI E ORAI

“Necessário vigiar as entradas do coração e permanecer no posto da prece.”
Joanna de Ângelis
Amigos do Grupo
Jesus recomendou-nos o vigiar e orar para não cairmos em tentações.
Será que estamos sabendo praticar esse ensinamento adequadamente?
Muitas vezes empreendemos grandes esforços nas contínuas orações, mas esquecemos do tão importante “Vigiar”. Vigiar nossos pensamentos, nossas atitudes, nossos sentimentos.
Vigiar é estar atento ao cumprimento das Leis Divinas, e orar é entrar em sintonia com Deus; aproximando-se Dele; comunicando-se com Ele.
Como podemos estar em sintonia com o Pai se nossas atitudes estiverem contrárias às Suas sábias e justas Leis?
Façamos nesta semana uma reflexão sobre este grande ensinamento do Mestre Jesus, e busquemos praticar o abençoado caminho do equilíbrio e da moderação em nossas atitudes cotidianas, recorrendo mais vezes à prece, para não cairmos em maiores tentações.
Texto do Evangelho:
Capítulo: – XXVII – Itens 1 a 4 (Condições da Prece)
As Pessoas
Os Encarnados
É claro, pois, que aquele que resolver dedicar-se ao trabalho espírita, precisa convencer-se de que deve estar em permanente vigilância consigo mesmo, com seus pensamentos, com o que diz e faz. Principalmente com os pensamentos. É preciso desenvolver um mecanismo automático interior, que acenda uma luzinha vermelha a qualquer “fuga” ou distração maior. Não quer isto dizer que temos de nos transformar em santos da noite para o dia, mas significa que devemos policiar-nos constantemente. Não vamos deixar de ter as nossas falhas, mas estaremos sempre prontos a advertir-nos interiormente e a reajustar a mente que, com a maior facilidade, pode levar-nos a escorregões de imprevisíveis conseqüências.
Toda atenção é pouca. A vigilância dispara o sinal de alarme: a prece, a defesa e a correção. Ninguém precisa chegar, porém, aos extremos do misticismo, a ponto de viver rezando pelos cantos, de olhos baixos pela rua, temendo o “contágio” com os “pecadores”. Também somos pecadores, no sentido de que todos trazemos feridas não cicatrizadas, de falhas clamorosas, no passado mais distante e no passado recente. Por outro lado, a Providência Divina vale-se precisamente dos imperfeitos para ajudar os mais imperfeitos. Quem poderia alcançar estes, senão aqueles que ainda estão a caminho com eles?(…)
Como seres imperfeitos, temos, pois, de viver com o semelhante, também imperfeito. Não há como fugir de ninguém e isolar-se em torres de marfim, mosteiros inacessíveis, grutas perdidas na solidão. Nosso trabalho é aqui mesmo, com o homem, a mulher, o velho, a criança, seres humanos como nós mesmos, com as mesmas angústias, inquietações, mazelas e imperfeições. O que enxerga um pouco mais, ajuda o cego, mas, talvez, este disponha de pernas para caminhar e pode, assim amparar o coxo. E quem sabe se o aleijado dispõe de conhecimento construtivo que possa transmitir ao mudo? Este, um dia, no futuro, voltará a falar, para ensinar e construir. Somos, pois, uma tremenda multidão de estropiados espirituais, e a diferença evolutiva entre nós, aqui na Terra, não é lá grande coisa.
Vivemos num universo inteiramente solidário, no qual uns devem suportar e amparar os outros, ou, na linguagem evangélica: amar-nos uns aos outros. Não é difícil. E é necessário.
E como!!!
Do livro: Diálogo Com as Sombras
De: Hermínio C. Miranda